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Ricardo Rangel

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Campos Neto no rol dos bolsonaristas sem noção

A insensatez de Bolsonaro se espraia por seus auxiliares

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 23h00 - Publicado em 4 ago 2023, 19h55

Segundo a revista Piauí, Roberto Campos Neto, produziu, enquanto comandava a autoridade monetária, um modelo de pesquisas eleitorais para orientar o núcleo duro de apoio ao então presidente.

Ou seja, o presidente do Banco Central do Brasil, um órgão independente, que não recebe ordens do presidente da República, se envolveu diretamente na campanha eleitoral e tentou interferir no resultado da eleição. E possivelmente (ou provavelmente) se valeu do corpo técnico do Bacen para isso. É um escândalo. É impensável que isso aconteça em um país equilibrado. E se acontecesse, o presidente  do Bacen provavelmente cairia.

Não é a primeira vez que Campos Neto se comporta de maneira insensata. Sem noção, mesmo. Participou daquela reunião alucinada em abril de 2020 em que Bolsonaro ameaça Moro de demissão. Foi votar de camisa da seleção e ainda deu a explicação estapafúrdia de que “voto é decisão pessoal”. Permaneceu membro de grupos de Whatsapp bolsonaristas. E, agora, ficamos sabendo disso.  

Bolsonaro sempre se comportou de maneira altamente desequilibrada e insensata, e empurrava o país inteiro para o desequilíbrio. Atraía pessoas desequilibradas — como Roberto Jefferson, Abraham Weintraub, Daniel Silveira, Damares, Marcos Do Val — para junto de si… ou desequilibrava aqueles de quem se esperaria equilíbrio — como Paulo Guedes, Campos Neto ou vários generais de quatro estrelas.

A insensatez de bolsonaristas parece estar vindo a público de maneira cada vez mais acelerada. Eis mais duas recentes:

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Aparentemente, Carla Zambelli contratou o ararahacker para hackear as urnas eletrônicas e invadir o e-mail de Alexandre de Moraes. Ou seja, contratou um criminoso notório (!) para cometer novo crime (!) tendo plena ciência de que ele estava sob investigação policial (!). Como seria de se esperar, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão contra a deputada. A cassação parece questão de tempo.

Segundo a CPI apurou, Mauro Cid tentou vender um Rolex. Ou seja, tentou cometer crime de peculato (!), aparentemente em nome de Bolsonaro (!), que ganhou um Rolex dos árabes. Cid ainda por cima escreveu que o relógio “foi um presente recebido durante uma viagem oficial”. Ou seja, confessou o crime (!) por escrito (!) num e-mail (!),

É uma gente muito sem noção.

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