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Apagão: o PT erra 5 vezes, mas acerta no final

O apagão deixa Janja e o ministro das Minas e Energia em campos opostos

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 ago 2023, 18h17 - Publicado em 16 ago 2023, 10h30

Ninguém sabia qual tinha sido o motivo do apagão, nem sequer se o problema tinha relação com a Eletrobras, mas o PT — a começar por Janja, que não está nem no governo nem no Congresso — já se alvoroçava, politizando o assunto e tentando atribuir tudo à privatização da Eletrobras.

Conseguiu concentrar cinco erros em um só.

Errou porque, diante do desconhecimento a respeito do que de fato aconteceu, atribuir o problema à privatização é obviamente precipitado e leviano.

Errou também porque não faz sentido nenhum acreditar que a privatização seja a vilã. O Brasil tem um histórico de apagões e, durante todos esses anos, a Eletrobras era pública. O pior foi em 2009, durante o governo Lula, quando quase 60 milhões de brasileiros ficaram sem luz. Sem falar que a Eletrobras era uma estatal especialmente ruim.

Errou porque tentar atribuir à privatização soa como desculpa esfarrapada, de quem prefere se eximir da responsabilidade a enfrentar o problema com coragem e honestidade.

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E errou porque o PT deixa um gosto ruim ao elogiar o rito democrático quando gosta de seu resultado e tentar revertê-lo quando não gosta. Por pior que tenha sido o modelo de privatização da Eletrobras — e nunca se ouviu falar de modelo de privatização tão ruim —, ele foi uma decisão soberana do Congresso Nacional: democratas deveriam respeitá-la.

Por fim, é um erro político. Não existe a menor chance de o Congresso atual revogar a privatização. Insistir nesse assunto só serve para criar desgaste e má vontade contra o governo.

Coube ao ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, botar a bola no chão. Afirmou que seria leviano — botando a primeira-dama no balaio dos “levianos” — atribuir o problema à privatização. Depois desafiou a cantilena da esquerda de que privatização é sempre ruim etc. etc. — mas seria demais esperar que fosse diferente.

Também disse que pediria à Polícia Federal que investigasse a hipótese de o problema ter sido causado deliberadamente. É uma providência acertada. Foi um apagão fora de hora (a demanda é baixa no inverno), houve uma tentativa de golpe de Estado há apenas oito meses, e o campo não está pacificado.

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