Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Ricardo Rangel

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Continua após publicidade

A PEC da Impunidade avança. Eis por que não deve dar certo.

Mesmo que não permita que os criminosos escapem à lei, no entanto, a proposta, se aprovada, vai causar desgaste ao Supremo

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 09h57 - Publicado em 28 fev 2024, 18h28
  • Seguir materia Seguindo materia
  • ALERTA - Fernando Haddad: “anabolizantes” fiscais não são duradouros
    O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), no plenário da Câmara, em dezembro de 2023 (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

    Houve um tempo em que nossos políticos lutavam para manter foro privilegiado. A aposta era que, no Supremo, os processos contra políticos demoravam tanto tempo que os crimes acabavam prescrevendo. Era a melhor aposta possível.

    Publicidade

    Agora, que tudo indica que o Supremo será rigoroso na punição a políticos golpistas, nossos deputados estão se mexendo para acabar com o foro privilegiado. Quanto mais instâncias houver, mais tempo e mais recursos e mais chicanas para empurrar o processo com a barriga até o fim dos tempos — e evitar a prisão, que parece cada vez mais certa. É a melhor aposta do momento.

    Publicidade

    Será uma ironia amarga se uma providência em tese desejável, como o fim do foro privilegiado, contribua para a indesejável impunidade de golpistas. Seria uma inversão do provérbio, como se o caminho do céu estivesse pavimentado com más intenções.

    Mas, como é o STF quem decide se o foro de uma investigação é o STF, e ele já deixou claro que entende que crime contra a democracia é assunto seu, os parlamentares golpistas podem até acabar com seu próprio foro privilegiado. Mas nem por isso escaparão ao Supremo e à punição.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Outra proposta em discussão é que investigações, mandados de busca e apreensão e a abertura de processos contra parlamentares só aconteçam com a autorização da Câmara ou do Senado.

    Ou seja, o Supremo perderia o que Ruy Barbosa chamou de “o direito de errar por último” . E, mais do que imunidade parlamentar, congressistas passariam a ter impunidade parlamentar.

    Publicidade

    Evidentemente, a ideia de que o Legislativo possa limitar a liberdade do STF de interpretar e aplicar a lei não é só absurda e escandalosa. É flagrantemente inconstitucional. A medida, se aprovada, deve ser derrubada pelo próprio Supremo.

    Continua após a publicidade

    A PEC da Impunidade não parece ter a capacidade de dar impunidade aos golpistas.

    Publicidade

    Mas nem por isso deixaria de causar grande controvérsia e ajudar o bolsonarismo a alimentar a tese absurda de que vivemos em uma ditadura etc.

    (Por Ricardo Rangel em 28/02/2024)

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.