“As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.”
Lamentavelmente, os comandantes das Forças Armadas se deixaram constranger pelo presidente e pelo ministro da Defesa, e assinaram uma nota intimidatória e golpista, que tenta interferir em um Poder da República e atrapalhar seus trabalhos, e não pretende proteger, evidentemente, a democracia. Nem a Roberto Ferreira Dias, que, além de funcionário irrelevante, é desafeto dos militares.
O que a nota pretende é permitir que o general Pazuello, o coronel Franco e mais meia dúzia de outros coronéis possam mentir impunemente sob juramento.
Mas talvez haja mais do que isso.
Na sessão em que prendeu Dias, Omar Aziz afirmou que “sabe” que o ex-diretor recebeu ordens da Casa Civil para atender a solicitações de “gente nossa”.
E, até 29 de março, o ministro da Casa Civil era Walter Souza Braga Netto.
Que hoje é o ministro da Defesa, autor da nota intimidatória.