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Roma, 2009: a consagração de Cielo na era dos supermaiôs

Nove anos atrás, brasileiro quebrava o recorde nos 100 metros livres, a prova mais nobre da natação

Por Da redação
4 jan 2018, 23h34
VEJA de 05/08/2009. Clique para ler a reportagem no Acervo Digital
VEJA de 05/08/2009. Clique para ler a reportagem no Acervo Digital (Reprodução/VEJA)

Em entrevista a VEJA desta semana, Cesar Cielo, maior nadador brasileiro de todos os tempos, fala sobre as conquistas nas piscinas, a corrupção no esporte, a acusação de doping em 2011 e os planos para a aposentadoria. “De 2008 a 2014, todo ano eu estava ali levando uma medalha, quase sempre de ouro, para o meu país. A minha parte eu fiz”, diz. “Agora, não dá para deixar de notar o que faltou. A gestão passada viveu meu auge, uma medalha de ouro olímpico e três títulos mundiais. Ela desperdiçou a oportunidade de usar meu exemplo, não soube trabalhar essa imagem.”

No auge, o paulista de Santa Bárbara d’Oeste estampou a capa da edição de 05/08/2009 de VEJA. Cielo havia acabado de bater em Roma o recorde da prova mais nobre da natação, os 100 metros livres (46s91), e até o fim do ano cravaria em São Paulo a melhor marca dos 50 metros livres (20s91) – prova que, no ano anterior, lhe valera o ouro na Olimpíada de Pequim.

VEJA de 4/4/1984. Clique para ler a edição no Acervo Digital
VEJA de 4/4/1984. Clique para ler a edição no Acervo Digital (Reprodução/VEJA)

Antes de Cielo, o último recorde mundial brasileiro numa piscina havia sido obtido em 1982, com Ricardo Prado, (que também foi reportagem de capa de VEJA), nos 400 metros medley. E antes de Prado, Manuel dos Santos, em 1961, fizera história nos 100 metros com o tempo de 53s6. Cielo, no entanto, foi o primeiro brasileiro a ser campeão mundial e olímpico.

“Simples, filho de uma professora de educação física e de um pediatra, além de avó dona de uma banca de revistas no centro de Santa Bárbara, o novo herói nada tem de falsa modéstia”, descrevia a reportagem. “Apesar de ser um tempo muito louco, eu sabia que ia fazer”, contou o nadador a VEJA. “Foi muita dedicação. Sucesso não tem mágica, não. É trabalhar duro e acreditar no que está fazendo. Eu acho que, nestes dois anos, consegui provar isso para todo mundo.”

Ambas as marcas de “Cesão”, apelido familiar, foram conquistadas na era dos supermaiôs – e jamais alcançadas. “De sunga de algodão, como Johnny Weissmuller, ou bigodudo e peludo como Mark Spitz, Cielo certamente seria um gigante de mesmo quilate. A tecnologia não o diminui – assim como seu desempenho nada subtrai da tecnologia, vital em tudo, hoje. Mas já não há dúvida de que as peças modernas fazem diferença”, observava a reportagem. Em apenas dois anos, mais de 100 recordes mundiais – o triplo do habitual – foram quebrados. No início do ano seguinte, a Federação Internacional de Natação baniu das piscinas os maiôs feitos com painéis de teflon, que repelem a água e produzem menos atrito que a pele do nadador.

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Assista abaixo à prova em que Cielo quebrou a recorde em Roma.

Punição – Dois anos após a consagração, Cielo foi punido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) por ter sido flagrado em exame antidoping – a análise detectou furosemida, um diurético proibido. A CBDA, contudo, julgou que não houve culpa do atleta, já que o doping não melhorou seus tempos e decidiu apenas adverti-lo. O nadador pôde disputar os Jogos de 2012, em Londres, e foi bronze nos 50 metros – nos 100 metros, acabou em sexto.

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Dos Jogos de 2016, no Rio, Cielo nem chegou a participar. “Meu problema foi de cabeça”, reflete, na entrevista a VEJA publicada nesta semana. “Eu estava num momento em que não via mais desafios na minha carreira.” E agora? Ainda acredita que pode nadar tão rápido como nos seus melhores anos? “Estou indo passa a passo”, diz. “Meu foco agora é nadar os 50 metros no nado livre no tempo que fiz em 2013 (21s32)”, conta. “No próximo Natal, vou meditar sobre esse meu futuro como praticante da natação. Mas uma coisa que já defini é que a piscina fará parte da minha vida toda.”

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