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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Verão de 42

Lá vou eu me expor a pedradas, hehe. É da vida. Quem sai na chuva é pra se queimar, como diria mestre Vicente… Olhem o que leio no G1:Uma ex-professora do ensino médio foi condenada a seis anos de prisão nesta terça-feira (19) por ter mantido relações sexuais com cinco garotos adolescentes. As autoridades dizem […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h51 - Publicado em 20 fev 2008, 20h44
Lá vou eu me expor a pedradas, hehe. É da vida. Quem sai na chuva é pra se queimar, como diria mestre Vicente…

Olhem o que leio no G1:
Uma ex-professora do ensino médio foi condenada a seis anos de prisão nesta terça-feira (19) por ter mantido relações sexuais com cinco garotos adolescentes. As autoridades dizem que Allenna Ward, de 24 anos, abusou dos jovens (com idades entre 14 e 15 anos) em Laurens, na Carolina do Sul (nos Estados Unidos), em diversas ocasiões — num motel, num parque e num restaurante.

“Peço desculpas do fundo do meu coração”, afirmou Ward perante os juízes. A polícia iniciou a investigação no ano passado, após diretores da escola terem encontrado um bilhete que teria sido escrito pela professora a um dos garotos. “Sinto que a Justiça foi feita”, disse a irmã de uma das vítimas ao final do julgamento. “Estamos satisfeitos que isso acabou.”

Comento
Vamos lá, Reinadão, pisando em ovos, hehe…

Tá bom. Um país civilizado tem de ter leis que valham para todos, sei disso. Além da lei, há também o vastíssimo universo da cultura, dos hábitos, dos valores, que o código legal nem sempre consegue refletir porque não pode ser assim tão amplo.

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Vou fazer o quê? Eu me pus no lugar daqueles garotos. Com 14 ou 15 anos, eu já sabia das coisas? Com 15, sabia. Com 14, ainda presumia… Já imaginaram se uma das minhas professoras me desse bola? Seria amor de salvação ou amor de perdição? Já assistiram ao delicadíssimo Verão de 42, de Robert Mulligan? Talvez os rapazes de todas idades se interessem pelo filme mais do que as moças.

Sei lá. A tal Allenna parece ser mesmo do balacobaco, né? Não deixava passar um frangote. Pois é. Com 14 ou 15 anos, faríamos fila para cair nas graças da mestra. Era o sonho, a fantasia, de todo moleque do meu tempo. Meu também. Será ainda? Não sei. Os meninos de hoje mais agridem do que desejam suas professoras?

Não quero ser ligeiro. Sei que há leis e que a pedofilia é uma questão séria. Mas e se, aos 14, tanto um garoto como uma garota já tiverem maturidade sexual e moral — isto é, já estiverem equipados para fazer as suas próprias escolhas?

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Vocês sabem que sou contra a definição de uma idade para a maioridade penal, por exemplo. Cada caso, entendo, é um caso: depende do crime, das condições de quem o cometeu etc. Definir uma maioridade corresponde a definir, também, uma espécie de “idade de corte” para a impunidade. É uma questão de lógica, vivida na prática.

Mais indagações. Mesmo nestes dias, em que o discurso da igualdade toma o lugar da igualdade de fato, serão idênticos os universos de “meninas” e “meninos”? Um garoto de 15 seduzido por uma professora de 24 é uma situação análoga, apenas invertidos os sexos, de uma garota de 15 seduzida por um professor de 24? A grave questão da autoridade presente nessa relação tem o mesmo peso? Algo me diz que não.

Mas sei. Estamos todos proibidos de fazer qualquer debate fora da camisa de força da igualdade.

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Lá vem pedra!

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