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Repudio cada ditadura segundo a sua natureza
Outro internauta, petralha certamente, me acusa de ser severo com o regime iraniano e suave com o egípcio. A primeira afirmação é verdade, a segunda é uma estupidez. Não condescendo com ditador nenhum. O que faço é repudiar cada ditadura segundo a sua natureza. Um democrata egípcio e um iraniano devem correr riscos semelhantes, ainda […]
Outro internauta, petralha certamente, me acusa de ser severo com o regime iraniano e suave com o egípcio. A primeira afirmação é verdade, a segunda é uma estupidez. Não condescendo com ditador nenhum. O que faço é repudiar cada ditadura segundo a sua natureza.
Um democrata egípcio e um iraniano devem correr riscos semelhantes, ainda que um e outro sejam perseguidos segundo argumentos distintos. Do ponto de vista das vítimas e dos direitos fundamentais do homem, todos os facínoras são igualmente nefastos. Não há como escolher. E notem que, na tirania egípcia, o povo não elege o seu presidente; na iraniana, sim. Eleição, por si, não faz democracia. Adiante.
Para a segurança do mundo, e estamos no mundo, é evidente que o risco da ditadura iraniana é muito superior ao da ditadura egípcia — de fato, esta não oferece risco nenhum. Ao contrário até: Hosni Mubarak tem a virtude de tratar os terroristas no chicote. O problema é que ele trata no chicote também quem não é terrorista. Sua ditadura não é diferente da de Nasser — o modelo vem de lá. Mas aquele tinha um sonho… Um mau sonho!
Repudio todas as ditaduras. Segundo a sua natureza! Se o preço da queda de Mubarak fosse um governo da Irmandade Muçulmana, por exemplo, sustento que seria caro demais.
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