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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

OPOSIÇÃO E ÉTICA

Bem, se preciso, direi pela enésima vez: não estou atacando as medidas que o governo tem adotado para tentar minimizar os efeitos da crise. Ao contrário: acho que elas são necessárias. Critico, sim, é seu invólucro político. Há dias, num comício sei lá onde, com aquela retórica inflamada pela boa cachaça dos ataques aos adversários […]

Por Reinaldo Azevedo 8 out 2008, 21h06 • Atualizado em 31 jul 2020, 18h49
  • Bem, se preciso, direi pela enésima vez: não estou atacando as medidas que o governo tem adotado para tentar minimizar os efeitos da crise. Ao contrário: acho que elas são necessárias. Critico, sim, é seu invólucro político. Há dias, num comício sei lá onde, com aquela retórica inflamada pela boa cachaça dos ataques aos adversários — uma droga que vicia —, Lula vociferou: “Este governo não tem pacotes”, e largou o braço em gestões anteriores (só as de FHC, é claro), como se o Real, que está vivo, não tivesse vindo de um… pacote. Observei aqui: “A fala é irresponsável; governos não baixam pacotes até o momento em que… baixam — afinal, não é uma questão de gosto, mas de necessidade”. E Lula já baixou OS SEUS, no plural.

    O que há de diferente agora? O que temos hoje, que não existia antes? Uma oposição responsável — não confundir a responsabilidade, que elogio, com os momentos em que ela é nada mais do que anêmica. Agora, ninguém fica saracoteando em cima da crise, tentando arrancar dela dividendos eleitorais, sem se importar se o país vai ou não à breca. Sim, eis aí uma grande diferença.

    Uma Medida Provisória confere mais poderes ao Banco Central de modo a agilizar suas respostas? Os líderes dos três únicos partidos de oposição que restaram — PSDB, DEM e PPS — se juntam e decidem que, com efeito, não é hora de faltar ao país. O socorro aos bancos pequenos está dado. Ninguém saiu por aí gritando que dinheiro público está sendo usado para salvar tubarões. Agora, como no período do Proer, o risco de quebradeira acaba ameaçando o cidadão comum, não é? As oposições resistem, de fato, é ao capricho do Fundo Soberano. Chega a ser irresponsável manter a proposta num momento como este, em que nem os comandantes das maiores economias do mundo sabem o que vai acontecer amanhã.

    Assim, é o caso de chamar a atenção para aquele que é o ponto do petismo que mais repudio: a sua capacidade de, no poder, fazer rigorosamente o que atacava nos seus adversários quando era oposição, transformando-se em verdadeiro monopolista do bem, pouco importa de que lado esteja do balcão e se o que chama de “bem”, agora, era antes chamado de “mal”, de sorte que é o engajamento do partido numa determinada medida o que determina a sua natureza. Se o PT defende, então é coisa boa; se o PT ataca, então no presta. E defesa e ataque têm um único vetor: a conquista do poder.

    A oposição não quer falar de política agora? Que faça como achar melhor. Eu falo.

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