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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Não, nem todo ciclista pertence à “tropa de choque dos bikers”; suponho que essa gente que odeia a democracia seja a minoria

Publiquei alguns comentários me esculhambando por causa da crítica que fiz à decisão de alguns “bikers” de paralisar a cidade. A coisa pega fogo nas redes sociais. Eles estão lá, dando plantão, me xingando com todos os palavrões de “A” a “Z”. É o jeito como sabem argumentar. Suponho, ademais, que boa parte deva ser […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h22 - Publicado em 7 mar 2012, 22h18

Publiquei alguns comentários me esculhambando por causa da crítica que fiz à decisão de alguns “bikers” de paralisar a cidade. A coisa pega fogo nas redes sociais. Eles estão lá, dando plantão, me xingando com todos os palavrões de “A” a “Z”. É o jeito como sabem argumentar. Suponho, ademais, que boa parte deva ser desocupada, vivendo de renda — talvez a do pápi —, daí o tempo que dedicam à difamação. Sabem como é, traseiro no selim e cabeça desocupada são a morada do ofensa.

O fato, no entanto, é que existem ciclistas — INDIVÍDUOS QUE ANDAM DE BICICLETA, E NÃO GENTE QUE SE ORGANIZA EM BANDO PARA OFENDER, AMEAÇAR, DESQUALIFICAR — que entenderam a natureza da crítica que fiz. Seguem algumas opiniões, de um monte que chegou.
*
Valdomiro
Enviado em 07/03/2012 às 4:47:56pm
Reinaldo, sou seu leitor desde 2007, fui ciclista de competição na adolescência e voltei a pedalar recentemente para ir ao trabalho (cerca de 30 km diários).
Posso dizer com bastante propriedade: uma parcela razoável da comunidade de ciclistas não concorda e deplora abertamente esse tipo de mobilização.
Assisti a discussões violentas entre ciclistas por conta desse método para chamar atenção.
Independente do tamanho da gritaria, posso afirmar que algumas dezenas, talvez centenas de ciclistas concordam com o cerne dos teus comentários: reivindicar direitos através do cerceamento dos direitos alheios é errado.
Um abraço!

Edson Block
Enviado em 07/03/2012 às 5:22:54pm
Sou ciclista, não apenas urbano, mas também de estrada, de fazer o percurso de Curitiba até Florianópolis. Andar de bike é verdadeiramente uma delícia. Mas um aspecto sempre ficou patente para mim: a minha segurança sobre uma bike, sempre dependeu muito mais de mim do que dos outros veículos que transitavam junto comigo. Pelo simples fato da bike ser uma veículo tipo corpo estranho no tumultuado aglomerado que são nossa ruas e estradas, sempre tomei para mim a necessidade da minha integridade física, nunca deixando essa responsabilidade para os outros. Nunca emparelhei com um ônibus para discutir sua invasão na minha faixa ou coisas do gênero, também nunca fui tolo o suficiente para ficar provocando motoristas, mesmo quando éramos em maior número. Sobre uma bike, somos o elo frágil, e não adianta regatear, somos muito vulneráveis. Acidentes acontecem a todo instante, muitos deles causados por perfeitos idiotas motorizados, como a imprensa tem bem mostrado. Este artigo coloca as coisas em seus devidos lugares. Aqueles que são os mais frágeis no sistema, devem sempre usar as prerrogativas da lei ao seu favor (como todo e qualquer cidadão, diga-se de passagem). De nada adianta afrontar o restante da sociedade, impondo a sua revolta. Os bikers deveriam isto sim, estar mostrando toda a sua civilidade protestando de forma ordeira, distribuindo material de educação no transito para os motoristas. Somente com educação e a prática da civilidade saudável é que vai mudar hábitos perniciosos, que nos colocam em risco. Civilidade, Civilização, Cidadania……Democracia. Esse é o único caminho!

Erik
Enviado em 07/03/2012 às 5:37:06pm
Reinaldo,
Moro em Brasília e sou ciclista. Já li em vários lugares que temos o trânsito mais civilizado do país, obviamente me orgulho muito disso. Aqui, basta você pedestre dar o sinal em uma faixa e os carros irão parar para dar a vez. Conseguimos isso com educação e correção, nesta ordem. Talvez a única coisa boa do governo Cristovam Buarque (ainda PT naquela época), ele teve a “revelação” de colocar, praticamente, um agente público (Policial Militar ou fiscal do DETRAN) em cada faixa de pedestre na cidade para fiscalizar, em uma última análise cumpriu com a sua obrigação de estado. Teve inclusive um efeito não esperado, a cidade ficou mais segura com tanto agente da lei nas ruas.
Não foi preciso interromper o trânsito das avenidas em protesto exigindo alguma coisa (como se não bastassem para nós os protestos dos sem terras, sem casas, índios e por aí vai), apenas uma campanha, acima de tudo, educativa, inclusive com o apoio do jornal Correio Braziliense.
Pela lógica, é um absurdo ter um carro de 600 kg para carregar, no mais das vezes, o motorista de 80 kg, mas faltam alternativas. Como foi dito, a facilitação para a aquisição dos milhares de carros que foram vendidos teve o único propósito de manter os milhares de empregos da indústria automobilística. Os empregos foram mantidos ao custo de um trânsito mais caótico, pois faltou o planejamento. Talvez se o estado tivesse investido o suficiente no transporte público alguns deixariam o carro na garagem para ir e voltar do trabalho, ao menos.
Voltemos à bicicleta: quanto comecei a pedalar (há uns sete anos), levava muita fechada de ônibus, caminhão tirava fino de propósito e os carros de passeio nem pensavam em dar preferência. Então resolvemos partir para uma nova campanha, desta vez nas garagens das empresas de ônibus (palestras para os motoristas e cobradores), escolas (aulas educativas), adesivamos nossos carros (sim, ciclista também tem carro) e de nossos familiares com mensagens pontuais (“dou preferência para o ciclista”, “mantenha a distância de 1,5m do ciclista” e por aí vai) e por fim organizamos um passeio ciclístico (ou bicicletada) no domingo pela manhã, acho que o passeio acontece a cada seis meses, tem muita família no evento ocupamos apenas uma faixa de rolamento em todo o percurso (em alguns lugares, as pistas tem seis faixas de rolamento – eixo monumental por exemplo). Não que hoje a situação esteja a ideal mas há muito mais respeito e consciência por parte dos automóveis. Ainda ocorrem acidentes fatais nas pistas, mas é preciso encontrar o verdadeiro culpado, nem sempre o motorista pode levar a culpa.
Temos pena consciência de que a educação e respeito às leis de trânsito é um processo de longo prazo e que deve ser encarado como uma conquista e não uma imposição. Existe um código de trânsito que estipula diretos e deveres, uma constituição que estipula direitos e deveres e uma convivência social que estipula direitos, deveres e bom senso. Com toda a certeza, esses manifestantes de ontem falharam em tudo, se havia alguém dentro dos carros e ônibus que estavam sensibilizados com a morte da ciclista, com toda a certeza mudou de idéia no meio do caminho.

Pinduca
Enviado em 07/03/2012 às 5:43:01pm
Juro que ainda não acredito que estão ocorrendo todas essas manifestações agressivas contra Reinaldo Azevedo por conta desse assunto de bicicleta. Esse povo é doente? Eu sou ciclista, usei muito tempo a bicicleta como meio de locomoção, mas nunca misturei as coisas. Existem motoristas ignorantes, assim como existem pedestres ignorantes e ciclistas ignorantes. Se cada um respeitasse as regras do seu quadrado, não haveria tantos acidentes.
Mas continuo sem entender a agressividade desses bikers. Fascistas versão duas rodas?

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Luiz Antonio
Enviado em 07/03/2012 às 5:56:49pm
Sou ciclista e realmente o Reinaldo está correto. Não se pode usar a lei do mais forte, não é desrespeitando que seremos respeitados. Alguém ai nutre amor pelo motociclista que chuta o retrovisor alheio? Alguém respeita os ideais do motorista que pratica a “fina educativa”? E porque havemos de ter simpatia daqueles que nós prejudicamos?
Queremos uma guerra? Temos mais direito que os demais? Só porque nossa ideologia manda? Isso é sim fascismo.

rodrigo Aú
Enviado em 07/03/2012 às 5:45:22pm
Sou muito ciclista, mas nada ativista, é claro que fico fulo quando sou fechado no trânsito, mas quem não fica, também sou motorista…Quero ver morar em Belford Roxo, trabalhar no centro do Rio e ir de bike.

Leo Gavio
Enviado em 07/03/2012 às 6:53:49pm
Calma, pessoal, sou ciclista e essa estória da compressão nos testículos não existe, tudo depende do tipo do selim e da inclinação. Eu mesmo sofria com a pressão do selim no peritônio (região das fáscias), que seria a base do pênis, atrás do saco escrotal. Apenas comprei um selim mais largo, inclinei o bico para baixo, e ao invés de montar no selim eu sento na base mais larga do selim que também possui molas para amortecer. Isso resolveu meu problema.
Sobre São Paulo ser apropriada ao ciclismo, eu acho que só se for dia de domingo e feriado, São Paulo tem de investir em transporte coletivo como New York. Ainda tem a questão das chuvas, é um lugar de ruas apertas e transito pesado, fica difícil aventurar-se em meio a um transito caótico.

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W Araujo
Enviado em 07/03/2012 às 7:21:49pm
Caro Reinaldo, eu sou ciclista em Brasília e concordo plenamente com você. Tem muito ciclista irresponsável na Capital, alguns preferem andar na faixa de rolamento a utilizar a ciclovia construída recentemente aqui no meu baixo. Alguns acham que é radical andar junto dos carros, desafiando, xingando, discutindo, verdadeiros suicidas. Tô fora, quero viver.

SergioL
Enviado em 07/03/2012 às 7:01:07pm
Tenho minha magrela, possuo todos os trastes politicamente necessários para montar e trafegar com ela, e só a monto…nas ciclovias!!
Com treze anos, usava minha Monark 68, que comprei do “Seo” José Encanador, antiga porém forte, para entregar o Diario do Grande ABC. Nas madrugadas eu já estava montado e trabalhando. Por essas e outras “aventuras” digo com convicção: SEI montar uma bicicleta no trafego pesado.
Já fui assaltado por outro ciclista…na ciclovia.
Eu lhes digo, do alto de meus …enta anos: Bicicleta é um veiculo como outro qualquer, sujo, perigoso, danoso ao meio-ambiente e etc. e tal.
Tolice o “biker” imaginar-se salvador do Universo!
Nós, os ciclistas somos e seremos … meras pessoas que nos machucamos ao cair, que somos assaltados, que desejamos a ciclista gostosa que nos ultrapassa e demais coisas tida…humanas.
As magrelas já existem a mais tempo que o motor a vapor e o veiculo auto-propelido, por que nunca vingaram como meio de transporte de massa?
Resumindo: Esses ciclistas que fecham uma avenida para fazer pressão são uns trouxas. Daqui a alguns meses, nenhum deles nem se lembrará de que um dia teve uma “magrela”!!!!

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