PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Na Folha, 50 perguntas que Lula não respondeu

Já escrevi aqui e reitero: há uma diferença entre os famosos debates promovidos pelas TVs e as sabatinas e entrevistas com jornalistas. Os debates já são uma fórmula vencida. Só fazem algum sentido no segundo turno. E olhem lá… Nenhuma regra obriga, por exemplo, o candidato a responder uma pergunta. Lembram-se da tática Maluf? O […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 09h01 - Publicado em 7 set 2006, 05h58
Já escrevi aqui e reitero: há uma diferença entre os famosos debates promovidos pelas TVs e as sabatinas e entrevistas com jornalistas. Os debates já são uma fórmula vencida. Só fazem algum sentido no segundo turno. E olhem lá… Nenhuma regra obriga, por exemplo, o candidato a responder uma pergunta. Lembram-se da tática Maluf? O sujeito indagava uma coisa, e ele desandava a listar suas obras. Um porre! Já a entrevista a jornalistas, convenha-se, chega a ser um dever do homem público.
Lula não foi à sabatina do Globo e também não compareceu, ontem, à da Folha. O jornal publica nesta quinta 50 perguntas que poderiam ser feitas a ele. Vejam vocês: o Apedeuta está deixando claro que não dá a menor pelota para o público que lê jornal. Desconfia que uma boa parte não deve mesmo votar nele. Não porque seja rico, mas porque é mais informado. O público de TV é bem mais amplo. Não comparecer seria extremamente antipático. Até arriscado. Mesmo correndo o risco de ser esmagado, como foi por William Bonner e Fátima Bernardes, o Apedeuta encarou o Jornal Nacional. Com o jornalismo escrito, ele nunca quis muita conversa. Faz sentido… Seguem abaixo algumas das perguntas da Folha e link para a íntegra. Em tempo: de todas as perguntas, a que mais me deixou curioso foi a 36…

7. Por que o espetáculo do crescimento prometido pelo sr. não aconteceu?

13. O sr. defende a adoção de nova idade mínima para aposentadoria?

14. O sr. planeja algum tipo de mudança na legislação trabalhista durante seu segundo mandato? Quais mudanças, por exemplo?

16. O sr. não vê constrangimento no fato de um de seus filhos, sócio da Gamecorp, ter se associado à Telemar, empresa de grande porte que depende de decisões do governo?

Continua após a publicidade

22. Mesmo após críticas de que se trata de um golpe parlamentar, o sr. mantém a idéia de convocar uma Constituinte para fazer a reforma política? Por quê?

36. Qual o último livro que o sr. leu? Poderia comentá-lo?

37. Por que o seu governo agiu para expulsar o jornalista Larry Rohter do Brasil? O sr. se arrepende disso?

Continua após a publicidade

41. O sr. se preocupou em saber a origem do dinheiro que seu amigo e presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, diz ter usado para pagamento de suposto empréstimo do PT ao sr.?

43. Por que o sr. não determinou, como manda a lei, uma investigação policial sobre o assunto seis meses antes de ele surgir na imprensa, quando o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse ter feito o primeiro alerta ao sr.?— Jefferson declarou à CPI dos Correios e à Folha que o primeiro alerta pessoal que lhe fez sobre a existência do mensalão ocorreu em seu gabinete presidencial, em janeiro de 2005. Segundo Jefferson, o sr. teria dito: “Mas que mensalão, Roberto?”. Quando o deputado contou, o sr. teria ido às lágrimas. O inquérito para tratar do mensalão só foi aberto pela Polícia Federal, contudo, em junho de 2005, após as entrevistas dadas por Jefferson à Folha.

44. O sr. recebeu alguma ligação de José Dirceu no dia 18 de junho de 2002 para vir a Brasília e resolver a aliança com o PL? O sr. confirma ter feito o comentário “está liquidado o assunto” após o encontro reservado entre Dirceu, Delúbio e Valdemar Costa Neto? O sr. sabia que o PT iria pagar R$ 10 milhões para selar a aliança com o PL?— Em entrevista à revista “Época”, no ano passado, o então presidente do PL, ex-deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), narrou um encontro ocorrido na campanha de 2002 no apartamento do deputado Paulo Rocha (PT-PA), em Brasília, no dia 19 de junho, durante o qual o PT decidiu pagar cerca de R$ 10 milhões para o PL para gastos na campanha eleitoral daquele ano. Esses recursos selaram a aliança entre o PT e o PL na disputa pela Presidência. Segundo o deputado Valdemar Costa Neto, nos dias que antecederam essa reunião, houve vários encontros entre ele e José Dirceu. Mas o acordo demorava a sair. Então no dia 18 de junho de 2002, segundo Costa Neto, Dirceu telefonou para o sr. para ajudá-lo a chegar a um consenso. Dirceu teria dito “que o Lula viria no dia seguinte a Brasília resolver o assunto”. Nesse encontro do dia 19 na casa de Paulo Rocha, segundo o deputado, estavam reunidos o sr., então candidato à Presidência, seu candidato a vice, José Alencar, o futuro ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro da sua campanha, Delúbio Soares. A negociação sobre números teria ocorrido numa sala ao lado de onde estava o sr. Disse Costa Neto: “O Lula estava na sala ao lado. Ele sabia que estávamos negociando números”.O acordo foi fechado. Quando indagado pela revista sobre a reação de Lula, o deputado contou: “Quando saí, ele [Lula] me falou: “Então está liqüidado o assunto”. O Lula foi lá para autorizar a operação. E não vejo nada demais. O que ninguém esperava é que desse essa lambança”.

Continua após a publicidade

50. Como o sr. define ética? E corrupção?

Clique aqui para ler íntegra
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.