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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Mais um pouco sobre os “democratas” da esquerda e a mídia

Leitores me mandaram questões interessantes depois que leram o post sobre o jornalista Luiz Carlos Azenha e a sua consideração, como se fosse um dado da realidade, de que a emissora que Chávez decidiu expropriar é “golpista”. Eu resumiria assim a perplexidade: “Como pode alguém que sempre trabalhou para a iniciativa privada escrever essas coisas?” […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h36 - Publicado em 20 mar 2007, 20h07
Leitores me mandaram questões interessantes depois que leram o post sobre o jornalista Luiz Carlos Azenha e a sua consideração, como se fosse um dado da realidade, de que a emissora que Chávez decidiu expropriar é “golpista”. Eu resumiria assim a perplexidade: “Como pode alguém que sempre trabalhou para a iniciativa privada escrever essas coisas?” Pode, gente. Pode e é muito comum. E agora vou tratar de uma diferença, entre muitas, essencial entre a “esquerda” e aquilo que ela chama “direita”.

Um esquerdista considera ser um dever que a emissora, revista ou jornal do patrão capitalista — um porco reacionário, como sabemos — mantenham em seus quadros o que eles chamam de “diversidade de opiniões”, de “pluralidade”, de “apreço pela diferença”. Espertos, são capazes de usar dos nossos próprios princípios (sabem? aqueles “liberais”, “direitistas”?) para defender o que chamam de o seu “direito à divergência”. Sei como é: eles vivem aqui no meu blog reivindicando o “direito” de me xingar, por exemplo. E ainda dizem: “Se você fosse um democrata como diz, publicaria…”

Mas e com eles? Bem, eles não têm os nossos preconceitos. Entendam: eles reivindicam o direito à divergência em nome dos NOSSOS princípios, não dos DELES. Eles não. Quando chegam ao poder, impõem a voz única. Procurem nas emissoras que eles chamam “públicas” onde é que está a voz do que eles dizem ser, por exemplo, a “direita”. Inexiste. Ora, “público”, evidentemente, quer dizer “de esquerda”, “progressista”, e ambas as coisas são sinônimas do bem, do belo e do justo.

Não custa lembrar que o blog de Azenha está na origem da teoria fantasiosa de que o delegado que desvendou a falcatrua do dossiê era um agente tucano. Ele deu a largada, e alguns amigos seus fizeram o resto, culminando com a afirmação estúpida, flagrantemente mentirosa, de que a Globo subestimou o acidente da Gol em benefício da foto da dinheirama encontrada com petistas. Foi uma das maiores farsas que a esquerda já montou no jornalismo.

Ah se a Globo tivesse tomado alguma providência!!! Estaria provado que ela é mesmo facinorosa, calando a voz de um jornalista “independente” como Azenha. Independente, mas que não liga de aparecer ao lado de Hugo Chávez, chamando uma emissora que o ditador decidiu expropriar de “golpista”. Independente, claro, mas “de direita”… não! Isso jamais! Coisa mais feia!

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Por isso, leitor, sempre que você vir alguém defendendo uma emissora pública ou uma emissora estatal, tanto faz, pergunte quanto está lhe custando para que os companheiros continuem a velar por nossos interesses, que eles, claro, representam tão bem, tendo uma espécie de delegação não exatamente divina, mas concedida pela história da redenção dos oprimidos. Aquela mesma que deu à luz democratas como Stálin, Mao Tse-Tung e Pol Pot. Já os direitistas, como vocês sabem, são uma gente horrível. Só lhes resta tolerar a diversidade.

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