Vou lhes dizer uma coisa: estou um tanto ansioso pelo encerramento do mandato de Lula, ainda que Dilma Rousseff venha a sucedê-lo. Quando menos, vai haver a renovação do estoque de bobagens. Ela certamente é capaz de produzir ao menos tolices de própria lavra. As de Lula já começam a ficar insuportáveis a qualquer um que acompanha o noticiário político.
Ele foi, como sabem, fazer presepada em Raposa Serra do Sol, onde índios aculturados se fantasiaram de índios para recebê-lo. Em 0,7% da área da reserva, os fazendeiros conseguiam produzir 150 mil toneladas de arroz, reduzidas a quase nada depois que foram expulsos da área: um crime contra a economia do estado e contra as pessoas — índios e não-índios — que tiravam, dignamente, seu sustento daquela atividade. Uma violência, uma estupidez inacreditável.
Os índios tinham à sua disposição 99,3% da reserva. Quem exigia a expulsão dos fazendeiros era a tal CIR (Conselho Indígena de Roraima), entidade ligada à Pastoral Indígena e financiada, entre outras entidades, pela Fundação Ford. A CIR não representa nem 50% da comunidade. Hoje, a entidade disputa com a rival Sodiu-RR (Sociedade de Defesa dos Povos Indígenas de Roraima) o controle da reserva. A agricultura da região está entregue às traças. Os novos “donos” do pedaço já tentaram até fazer um acordo de produção com, gargalhem aí, o MST. Descobriram que o movimento não sabe plantar um nabo. Seu negócio é invadir terras alheias, não produzir comida.
Muito bem. Vejam aí Lula posando com cocar, arco e flecha. Alguns supersticiosos dizem que isso não é bom… Comentando a sua brilhante obra no Estado, afirmou: “Um estado com tanta terra ainda sem produzir e alguns queriam exatamente a terra que não era deles, que era dos índios”. Entre reservas indígenas e terras pertencentes à União, o estado tem mais de metade do território indisponível para qualquer atividade econômica. Mais: não se produz arroz onde se quer, mas onde as condições são favoráveis para tanto. Propriedades com títulos do fim do século 19 foram, na prática, confiscadas pelas ONGs “indigenistas”.
Quanto ao argumento de que, no fim das contas, tudo era mesmo dos índios, sugiro que a gente retroaja a 1500 e devolva tudo a seus verdadeiros donos. Aliás, este poderia ser um movimento mundial de retorno às verdades primitivas. Bons tempos aqueles!!! Ainda voltaremos a sacrificar virgens para alguns deus glutão!!!
O governo federal, com a anuência do STF, cometeu um crime contra a economia, contra o estado de Roraima, contra a sociedade roraimense e contra boa parte dos índios aculturados, contrária à expulsão dos fazendeiros porque sabiam que isso significaria o que significou: desemprego. Um ano depois, a economia da reserva está quebrada, e os índios estão divididos. Anotem aí: uma empresa de “brancos” ainda será contratada pela CIR para dar viabilidade econômica àquele “país”.
Sabem quem está do outro lado da flecha? O bom senso.