Há pessoas que me entediam — Marina Silva, por exemplo. Outras podem me matar de tédio: Luciana Genro, por exemplo. Seu grande momento, vamos ser sinceros, ainda é debatendo com Levy Fidelix a função do aparelho excretor. Nada mais duplamente merecido.
A ex-deputada do PSOL concedeu uma entrevista à Folha desta segunda e atirou para todos os lados: criticou a política econômica do governo Dilma, disse que Michel Temer é um “inimigo na trincheira” do Planalto e chamou de “modelo econômico perverso” as propostas defendidas por Aécio Neves e pelo PSDB.
Sobrou até para o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, segundo ela, deu início à corrupção que está instalada hoje em Brasília.
Luciana, como toda a esquerda, sabe ser crítica a favor. Ela se disse, claro!, contra o impeachment, por considerá-lo uma “opção retrógrada”. Para ela, aqueles que pedem o afastamento da petista são a “oposição de direita”, por isso nem ela nem o PSOL vão apoiar a tese do impedimento.
Ou por outra: Luciana quer ser linha auxiliar do Planalto, mas posar de independente.
Vale dizer: tem de voltar a debater com Levy Fidelix