Guantánamo: mais incompetência do que “injustiça”
Há certas coisas que dão, assim, aquela preguicinha, mas vamos lá. Os documentos sobre Guantánamo, vazados pelo WikiLeaks, expuseram menos a “injustiça” das detenções — não estou entrando no mérito de haver uma prisão na base americana; não neste texto ao menos — do que a incompetência nos interrogatórios. Pessoas consideradas inocentes passaram por lá? […]
Há certas coisas que dão, assim, aquela preguicinha, mas vamos lá. Os documentos sobre Guantánamo, vazados pelo WikiLeaks, expuseram menos a “injustiça” das detenções — não estou entrando no mérito de haver uma prisão na base americana; não neste texto ao menos — do que a incompetência nos interrogatórios. Pessoas consideradas inocentes passaram por lá? Parece quem sim! Mas também havia muitos terroristas que enganaram seus interrogadores e que acabaram soltos. Posts abaixo, conto a curiosa história do líbio Sufian Abu Ibrahim Ahmed bin Hamuda Qumu, inequivocamente um terrorista. Foi libertado pelos EUA e devolvido à Líbia, onde acabou anistiado numa fase, vejam que coisa!, de distensão do regime. Hoje, Qumu comanda uma tropa rebelde, que tenta depor Kadafi, que o anistiou. Conjunturalmente, é um aliado dos EUA. De fato, pertence a um grupo que é, comprovadamente, um dos braços da Al Qaeda.