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Gramática

Aí escreve o leitor que se identifica como “Assindético”: Reinaldo, agora vc me deixou com uma dúvida. Eu havia aprendido que “quem chega, chega EM algum lugar”. Por isso dizemos: Ele chegou EM casa. Ou “Ele chegou na casa de seus pais”. “Quando vamos, vamos PARA algum lugar” – e por isso: Ele foi À […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h05 - Publicado em 13 ago 2009, 21h57

Aí escreve o leitor que se identifica como “Assindético”:

Reinaldo, agora vc me deixou com uma dúvida.
Eu havia aprendido que “quem chega, chega EM algum lugar”. Por isso dizemos: Ele chegou EM casa. Ou “Ele chegou na casa de seus pais”.
“Quando vamos, vamos PARA algum lugar” – e por isso: Ele foi À (para+a) casa de seus pais”…
Em sua frase você mencionou “Um dia ele chega às subordinadas.” O correto não seria chegar NAS subordinadas?
Temo que eu é que esteja  errado. Mas gostaria de saber o motivo…
Um abraço.

Respondo
Sim, está errado.

Em primeiro lugar, há uma mistura aí entre os verbos “chegar” e “ir”. Em qualquer dos casos, como transitivo indireto, você “chega” ou “vai” A algum lugar – sempre lembrando que também podemos chega “DE”. Atenção! JAMAIS CHEGAMOS “EM” ALGUM LUGAR. Nunca! Nem Lula tem licença para isso. Se você aprendeu assim, aprendeu errado.  Antes que continue: a depender do sentido e do contexto, o verbo “ir” admite outras preposições, seja como transitivo indireto, seja como intransitivo (“Lula ainda não foi?”). O verbo pode ser também pronominal: “Foi-se o entusiasmo da oposição”. Voltemos ao “chegar”.

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O verbo também pode ser intransitivo, sem complemento. Digamos que Lula vá à casa de Renan Calheiros comemorar a baixaria no Senado. Quando aquele patriota abre a porta, Schopenhauer exclama: “Cheguei!”. “Chegar” pode ser transitivo direto. Durante o mensalão, por exemplo, muitos daqueles incríveis homens de bem tiveram a chance de dizer: “Chega esse dinheiro pra cá…” No caso, “esse dinheiro”, embora tenha sido roubado do seu bolso, leitor, era o “objeto direto” da canalha.

Só para concluir. Querem os gramáticos que a palavra “casa”, sozinha, não é antecedida do artigo “a”. Se não é, então você “chega a casa”, sem o acento grave indicador de crase. Mas raramente ou nunca a empregamos assim, solteira. Quando Lula chega “à casa de Renan“, ele chega craseado. E aí Deus nos acuda!

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