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Governo Dilma – Uma base aliada na barra dos tribunais; agora é a vez de Eduardo Braga

Eu, hein! Depois de o Supremo ter decidido investigar o deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, chegou a vez de outro Eduardo, agora o Braga, líder do governo Dilma no Senado, também do PMDB, só que do Amazonas. A síntese da história é cabeluda — ou polpuda, como vocês verão. Uma empresa […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h37 - Publicado em 22 mar 2013, 20h35
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  • Eu, hein!

    Depois de o Supremo ter decidido investigar o deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, chegou a vez de outro Eduardo, agora o Braga, líder do governo Dilma no Senado, também do PMDB, só que do Amazonas. A síntese da história é cabeluda — ou polpuda, como vocês verão. Uma empresa comprou um terreno em Manaus, em 2003, por parcos R$ 400 mil. Três meses depois, vendeu ao governo do Estado por R$ 14,1 milhões. Braga era o governador. Leiam o que informa Jailton de Carvalho, no Globo:
    *
    STF determina abertura de inquérito para investigar líder do governo no Senado

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito para apurar o suposto envolvimento do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado, em desvio de dinheiro público na desapropriação de um terreno em Manaus destinado a construção de casas populares. No início de 2003, três meses depois de comprar o terreno por R$ 400 mil, a empresa Columbia Engenharia repassou a área ao governo do Amazonas por R$ 13,1 milhões, o que indicaria uma valorização recorde de 3.100%. Mendes também determinou a quebra do sigilo bancário da empresa no período da transação.

    O inquérito foi aberto para apurar formação de quadrilha, peculato e fraude em licitação. Mendes autorizou a investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e pela suprocuradora Cláudia Sampaio. Segundo eles, mesmo sabendo da valorização extaordinária do terreno, Eduardo Braga endossou a desapropriação do terreno, conduzida à época pela Secretaria Estadual de Habitação. Os dois procuradores também sustentam também que, na compra do terreno, o governo pagou mais de R$ 5 milhões por benfeitorias inexistentes.

    “Mesmo diante do valor extraordinário que seria despendido pela administração pública e evidente irregularidade no desembolso, o então governador Eduardo Braga editou decreto nº 23.418 de 20/05/2003, que declarou interesse social, para fins de desapropriação, o imóvel que especifica situado na cidade de Manaus, necessário a construção de casas populares”, afirmam Gurgel e Cláudia Sampaio. Mendes concordou que os indícios são suficientes e determinou abertura de inquérito contra Eduardo Braga e todos os servidores do governo e dirigentes da empresa que participaram da negociação.

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