A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, voltou ao trabalho no Senado nesta segunda-feira. Ela faltou às sessões de quinta e sexta passada, após a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, na Operação Custo Brasil, da Polícia Federal. Em discurso de aproximadamente 15 minutos no plenário da Casa, a petista criticou a ação da PF, que, segundo ela, foi “surreal”, “despropositada” e acabou se tornando um “show midiático”. Seguindo o tom adotado por seu colega de partido, Lindbergh Farias, na semana passada, Gleisi classificou a prisão de “uma tentativa de abalar emocionalmente o grupo” que defende a volta da presidente afastada Dilma Rousseff. A senadora afirmou, por fim, que “conhece Paulo há muitos anos”, sabe de suas “virtudes e defeitos” e disse ter a certeza de que ele não cometeria esse crime. Ela declarou ainda que irá lutar pela “restauração da dignidade e do nome” de seu “companheiro”.
O ex-ministro petista é suspeito de ter recebido através de um escritório de advocacia que atendia também à senadora mais de R$ 7 milhões. No esquema, investigadores encontraram indícios de que foram desviados cerca de R$ 100 milhões de um serviço de gestão do crédito consignado a funcionários públicos.