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Friedman falou, sim, sobre o crack, mas mandou mal

Num dos posts abaixo, tinha afirmado que o economista Milton Friedman expressou seu ponto de vista em favor da liberação total das drogas antes do flagelo do crack. Um leitor me envia o link de uma entrevista em que ele fala também sobre essa substância. Já corrigi o texto para que não fique o registro […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h47 - Publicado em 10 jan 2012, 21h18

Num dos posts abaixo, tinha afirmado que o economista Milton Friedman expressou seu ponto de vista em favor da liberação total das drogas antes do flagelo do crack. Um leitor me envia o link de uma entrevista em que ele fala também sobre essa substância. Já corrigi o texto para que não fique o registro da informação errada. Nada como acompanhar uma soma formidável de equívocos de um homem brilhante. Não vou contestá-lo ponto por ponto porque tenho feito isso ao longo dos anos — os leitores encontram em arquivo, inclusive, textos sobre o binômio “álcool (legal)-drogas ilegais”. Assistam. Volto em seguida.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=-shwabBMEXQ&w=560&h=315]

Voltei
De saída, noto que a legislação brasileira está bem próxima daquilo que Friedman considera o ideal. Afinal de contas, por aqui, o porte de drogas para consumo já não é mais exatamente um crime. Ninguém vai para a cadeia por isso. Não se colheu um só efeito positivo dessa mudança.

A tese de que o crack só surgiu por causa da proibição de outras substâncias é, francamente, uma bobagem, na contramão dos fatos. O consumo dessa droga no Brasil, infelizmente, é livre. Ninguém é preso por consumi-la. A perversidade moral das “elites humanistas” decidiu que os miseráveis do crack deveriam ficar livres para exercer à vontade seu vício. E surgiu o óxi. Com a devida vênia ao grande economista, foi a “lei de mercado” que deu à luz essa outra porcaria. Fosse como ele diz, nas áreas da Holanda em que o consumo de droga é livre, os viciados se contentariam com a maconha e jamais consumiriam heroína. Não obstante, a heróína é que virou o flagelo das “áreas liberadas”. Fatos. Apenas fatos.

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A comparação que Friedman faz com a batata ou com a carne é só uma boutade. A lei de mercado e a criatividade humana vão criando produtos derivados daqueles dois alimentos, não é? O mesmo aconteceria com as drogas, certo? Seria o óxi a batata chips da cocaína?…

Como todo mundo, acho que o outro está certo quando concorda comigo, ora essa! O que me diferencia dos autoritários é que não tento calar os que discordam de mim. Pois bem: Friedman diz a coisa certa quando lembra que, se a droga é, como ele quer, uma questão de direito individual, então o estado — a sociedade — não tem de arcar com o custo de sua escolha…

Pois é… O Brasil deixaria o economista escandalizado. Por aqui, é influente a tese de que o consumo de droga é uma questão de escolha individual, desde que a sociedade arque com o custo.

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