Namorados: Assine Digital Completo por 5,99
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Friedman falou, sim, sobre o crack, mas mandou mal

Num dos posts abaixo, tinha afirmado que o economista Milton Friedman expressou seu ponto de vista em favor da liberação total das drogas antes do flagelo do crack. Um leitor me envia o link de uma entrevista em que ele fala também sobre essa substância. Já corrigi o texto para que não fique o registro […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h47 - Publicado em 10 jan 2012, 21h18

Num dos posts abaixo, tinha afirmado que o economista Milton Friedman expressou seu ponto de vista em favor da liberação total das drogas antes do flagelo do crack. Um leitor me envia o link de uma entrevista em que ele fala também sobre essa substância. Já corrigi o texto para que não fique o registro da informação errada. Nada como acompanhar uma soma formidável de equívocos de um homem brilhante. Não vou contestá-lo ponto por ponto porque tenho feito isso ao longo dos anos — os leitores encontram em arquivo, inclusive, textos sobre o binômio “álcool (legal)-drogas ilegais”. Assistam. Volto em seguida.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=-shwabBMEXQ&w=560&h=315]

Voltei
De saída, noto que a legislação brasileira está bem próxima daquilo que Friedman considera o ideal. Afinal de contas, por aqui, o porte de drogas para consumo já não é mais exatamente um crime. Ninguém vai para a cadeia por isso. Não se colheu um só efeito positivo dessa mudança.

A tese de que o crack só surgiu por causa da proibição de outras substâncias é, francamente, uma bobagem, na contramão dos fatos. O consumo dessa droga no Brasil, infelizmente, é livre. Ninguém é preso por consumi-la. A perversidade moral das “elites humanistas” decidiu que os miseráveis do crack deveriam ficar livres para exercer à vontade seu vício. E surgiu o óxi. Com a devida vênia ao grande economista, foi a “lei de mercado” que deu à luz essa outra porcaria. Fosse como ele diz, nas áreas da Holanda em que o consumo de droga é livre, os viciados se contentariam com a maconha e jamais consumiriam heroína. Não obstante, a heróína é que virou o flagelo das “áreas liberadas”. Fatos. Apenas fatos.

A comparação que Friedman faz com a batata ou com a carne é só uma boutade. A lei de mercado e a criatividade humana vão criando produtos derivados daqueles dois alimentos, não é? O mesmo aconteceria com as drogas, certo? Seria o óxi a batata chips da cocaína?…

Continua após a publicidade

Como todo mundo, acho que o outro está certo quando concorda comigo, ora essa! O que me diferencia dos autoritários é que não tento calar os que discordam de mim. Pois bem: Friedman diz a coisa certa quando lembra que, se a droga é, como ele quer, uma questão de direito individual, então o estado — a sociedade — não tem de arcar com o custo de sua escolha…

Pois é… O Brasil deixaria o economista escandalizado. Por aqui, é influente a tese de que o consumo de droga é uma questão de escolha individual, desde que a sociedade arque com o custo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
ESPECIAL NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.