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Fábrica bilionária da Foxconn empaca por falta de sócio brasileiro. Lá se foi a primeira promessa de Dilma…

Na VEJA.com: A construção da fábrica de telas para celulares, TVs e computadores da taiwanesa Foxconn no Brasil empacou depois que a companhia desistiu de buscar um sócio brasileiro para o projeto. Na época do anúncio, em 2011, o governo informou que o investimento chegaria a 12 bilhões de dólares. A saída para o impasse […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h04 - Publicado em 17 set 2014, 15h56
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  • Na VEJA.com:
    A construção da fábrica de telas para celulares, TVs e computadores da taiwanesa Foxconn no Brasil empacou depois que a companhia desistiu de buscar um sócio brasileiro para o projeto. Na época do anúncio, em 2011, o governo informou que o investimento chegaria a 12 bilhões de dólares. A saída para o impasse seria aumentar para mais de 30% a participação acionária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas o banco não aceita ultrapassar este valor, que é o limite estabelecido em sua política para o BNDESPar, braço de participações acionárias da instituição. 

    Além do apoio fundamental do BNDES, a equipe econômica do governo contava com a sociedade de um grande empresário brasileiro (chegou-se a falar em Eike Batista, antes da crise). Sem sócio, as negociações pararam e nem o governo acredita mais na concretização do megainvestimento.

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    Visita à China
    A construção da fábrica de telas no país foi o primeiro grande anúncio do governo Dilma Rousseff, feito em fevereiro de 2011 durante visita à China. O então ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, chegou se reunir com o fundador da Hon Hai (controladora da Foxconn), Terry Gou. A ideia, segundo o ministro, era construir um complexo industrial que empregaria até 100 mil pessoas no Estado de São Paulo.

    O desenho do negócio apontava para uma primeira etapa com investimento de 4 bilhões de dólares, dos quais 1,2 bilhão de dólares seriam bancados pelo BNDES e 500 milhões de dólares ficariam por conta de Eike. Além de procurar mais sócios, o governo tentou convencer Terry Gou a entrar com capital sem contar a tecnologia. O Palácio do Planalto estava tão certo do negócio que Mercadante chegou a divulgar um cronograma. A companhia fabricaria telas para celulares e tablets entre 2011 e 2013 e passaria a fabricar telas para TVs a partir deste ano.

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    Atualmente, a empresa taiwanesa atualmente conta com três unidades no país, com montagem de celulares em Manaus e Indaiatuba e montagem de smartphones e fabrica notebooks, computadores e periféricos em Jundiaí.

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    Conjuntura
    Mercadante, que é ministro-chefe da Casa Civil, foi questionado sobre os empecilhos que travaram as negociações para a construção da fábrica de telas da Foxconn no Brasil. A assessoria de imprensa da Casa Civil informou que a posição de Mercadante estaria contemplada na resposta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Em relação à construção de unidade de fabricação de telas, o investimento previsto não foi realizado até o momento devido à conjuntura internacional e pelo fato de a empresa não ter conseguido um sócio nacional.”

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação afirmou ainda ter informações de que a Foxconn estuda fazer novos investimentos e abrir novas unidades no Brasil. Os projetos, entretanto, não teriam relação com construção da fábrica de telas. Procurada para confirmar a informação, a companhia disse que não se pronunciaria.

    BNDES
    Alguns desses projetos aguardam aprovação de aportes do próprio BNDES. O banco confirmou que participou das negociações para a instalação da fábrica de telas, sem sucesso. “O banco continua em contato com a Foxconn e tem trabalhado para viabilizar investimentos no Brasil em setores de alto conteúdo tecnológico”, informou o banco por meio da assessoria.

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