Eleição em Curitiba entre o experimento e a metáfora
Leiam primeiro o post abaixo:Curitiba é um case para o PT. Explico por quê. É a capital que tem, entre todas, dados os números atuais, o prefeito “mais eleito” (de fato, reeleito). O tucano Beto Richa aparece com até 72% das intenções de voto logo no primeiro turno. A vantagem é tão grande, que é […]
Curitiba é um case para o PT. Explico por quê.
É a capital que tem, entre todas, dados os números atuais, o prefeito “mais eleito” (de fato, reeleito). O tucano Beto Richa aparece com até 72% das intenções de voto logo no primeiro turno. A vantagem é tão grande, que é quase certo que, mesmo com o início da campanha, ele caia em vez de subir.
Por que tanta dedicação de Lula e Dilma à petista Gleisi Hoffmann? Bem, é preciso destacar que ela pertence, nem que seja por laços familiares, à elite do partido: é mulher de Paulo Bernardo, ministro do Planejamento. Isso conta? Conta? Mas é só? Não.
Lula e Dilma estão testando a capacidade do PT de se recuperar num cenário eleitoral adverso — como tende a ser o da ministra caso venha a ser mesmo a candidata do PT — , em início de campanha. E o resultado é o chamado pule de dez: ainda que Gleise não vença, o que se pretende é tirá-la da irrelevância eleitoral para, se possível, torná-la ao menos competitiva. E é certo que crescerá bastante.
Fiquem atentos a Curitiba. A máquina petista vai entrar com tudo. Trata-se de um experimento político. E notem: o candidato é candidata. A eleição na capital paranaense virou uma espécie de metáfora. No melhor dos mundos (para eles), o PT emplaca uma mulher em São Paulo, uma em Curitiba e outra no Brasil.