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Diogo Mainardi, Marina e eu

A Folha desta quarta traz um artigo do meu querido amigo Diogo Mainardi intitulado “Sou Marina (até a posse)”. Lê-se, por exemplo: “(…) O voto nulo é sempre o melhor –o menos vexaminoso, o menos degradante. Isso não quer dizer que não me interesse pelas eleições. Ao contrário: acompanho fanaticamente todas as campanhas e, no tempo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h12 - Publicado em 27 ago 2014, 16h36

A Folha desta quarta traz um artigo do meu querido amigo Diogo Mainardi intitulado “Sou Marina (até a posse)”. Lê-se, por exemplo:
“(…)
O voto nulo é sempre o melhor –o menos vexaminoso, o menos degradante. Isso não quer dizer que não me interesse pelas eleições. Ao contrário: acompanho fanaticamente todas as campanhas e, no tempo ocioso, que corresponde a mais ou menos quatro quintos de meu dia, pondero sobre a fanfarronice daquela gente pitoresca que pede nosso voto. Além de ponderar sobre a fanfarronice daquela gente pitoresca que pede nosso voto, sou um especialista em torcer contra.

Torci contra Fernando Henrique Cardoso em 1998. Torci contra Lula em 2002. Torci contra Lula –e torci muito– em 2006. Torci contra Dilma em 2010. Agora estou torcendo novamente contra ela. Como se nota, além de ser um especialista em torcer contra, sou também um especialista em derrotas eleitorais. E quem se importa? Com tanto tempo ocioso, aprendi a esperar.

A candidatura de Marina Silva, para quem só sabe torcer contra, como eu, é muito animadora. Depois de 12 anos, há uma perspectiva real de derrotar o PT. E há uma perspectiva real de derrotar o PSDB, sem o qual o PT tende a desaparecer, pois perde seu adversário amestrado.
(…)”

Neste blog, escrevi um post com o seguinte título: “Por que jamais votaria em Marina Silva — nem que ela viesse a disputar o segundo turno com Dilma. Ou: Voo cego de um avião sem dono”. Escrevi:
“Não caio nessa [votar em Marina], sob pretexto nenhum — nem mesmo ‘para tirar o PT de lá’. Na democracia, voto útil é voto inútil. Se Deus me submetesse à provação — espero que não aconteça — de ter de escolher entre Dilma e Marina, escolheria gloriosamente “nenhuma”! Se a turma do coquetel Molotov estava sem candidata e agora encontrou a sua, eu, que sou um partidário da democracia representativa e das instituições democráticas, deixarei claro, nessa hipótese, que estarei sem candidato no segundo turno. Mas torço e até rezo para que o Brasil seja poupado.”

É uma divergência? Claro que sim! É apenas uma delas! Temos, Diogo e eu, muitas outras. Felizmente! Aliás, temos, ele e eu, amigos; não pertencemos a quadrilhas ideológicas, eventualmente unidas pelo amor aos anúncios de estatais, como se tornou moda no governo petista. Aliás, Diogo também integra, a exemplo deste escriba, o grupo das “nove cabeças” que o sr. Alberto Cantalice, chefão do PT, gostaria de cortar.

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Só escrevi aquele post anunciando que jamais votaria em Marina porque reconheço, é evidente, os motivos por que muita gente que respeito e admiro faria e fará o contrário.

Para encerrar: ontem, confesso, comecei a assistir ao debate movido por um espírito que me acompanha sempre. Eu me preparei para ser convencido do contrário. Assim que Marina decidiu reconhecer as contribuições do PSDB e do PT ao Brasil e pregou, em seguida, a necessidade de a gente se livrar do PSDB e do PT, conclui que ela não junta lé com lé, cré com cré. E não junta daquela sua maneira caudalosa, envolta naqueles panos, que insinuam uma alma sublime. Pra mim, não dá.

Quanto ao mais, imaginem se Diogo seria menos querido por causa de Marina Silva, PSB, eleições… O que lastimo, isto sim, repetindo Paulo Francis na orelha que fez para o livro de Mário Faustino, é o fato de a gente acabar se metendo nessas vulgaridades…

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