Dilma endoidou: tenta transformar “meta nenhuma” em método
Se é a confiança dos agentes econômicos o que Dilma Rousseff está buscando, a coisa está feia. No Catar, talvez perturbada pelo encontro dos ventos do golfo e do deserto, a presidente defendeu o seu projeto aloprado que elimina qualquer meta fiscal. E negou que o governo tenha sido malsucedido nessa área. “Dos 20 países […]
Se é a confiança dos agentes econômicos o que Dilma Rousseff está buscando, a coisa está feia. No Catar, talvez perturbada pelo encontro dos ventos do golfo e do deserto, a presidente defendeu o seu projeto aloprado que elimina qualquer meta fiscal. E negou que o governo tenha sido malsucedido nessa área.
“Dos 20 países do G20 (grupo das maiores economias do mundo), 17 estão hoje numa situação de não cumpri-la, de ter déficit fiscal. Nós estamos no zero. Estamos até numa situação um pouco melhor”, disse.
Em primeiro lugar, não estamos no zero, mas com déficit, né, governanta? Em segundo lugar, não existe um padrão de “metas”, assim, definido como ideal platônico, no mundo das ideias.
O problema do Brasil não está na distância em relação a esse ideal, mas no descontrole absoluto das contas e na falta de previsibilidade, minha senhora. Foi o governo que estabeleceu a meta na LDO. Foi o governo que mudou essa meta, na prática, duas vezes. E foi esse mesmo governo que, finalmente, afirmou que não quer ter meta nenhuma.
Nesta quarta, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara aprovou um convite para ouvir o presidente de Banco Central, Alexandre Tombini, a respeito do assunto.
Reitero: a proposta do governo fere o Artigo 165 da Constituição e a Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade.