DEM entra com segunda representação contra Lula e Dilma no mesmo dia
Por Maria Clara Cabral e Nacy Dutra, na Folha Online: O DEM ingressou nesta segunda-feira com mais uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Lula e a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (Casa Civil). Neste segundo documento, o partido alega que Lula realizou propaganda antecipada durante pronunciamento oficial […]
Por Maria Clara Cabral e Nacy Dutra, na Folha Online:
O DEM ingressou nesta segunda-feira com mais uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Lula e a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (Casa Civil). Neste segundo documento, o partido alega que Lula realizou propaganda antecipada durante pronunciamento oficial veiculado em cadeia nacional.
A assessoria jurídica do partido ressalta que o presidente desrespeita novamente as leis eleitorais, e ainda que de forma subliminar, tenta projetar a pré-candidatura Dilma.
Diz o documento: “sob o pretexto de divulgar os “feitos” do atual governo e saudar os trabalhadores do Brasil, o que fez o primeiro representado foi mais uma propaganda em favor da representada Dilma Roussef ao afirmar que “este modelo de governo está apenas começando”; que “este modelo vai prosperar”; que, para continuar crescendo, “é preciso que a gente continue tomando as decisões certas, nas horas certas’; que o Brasil tem ‘um povo maduro que sabe escolher”.
Horas antes, o partido já havia ingressado com outra representação contra o petista, Dilma e a CUT pelo pronunciamento feito no sábado, nas festas do Dia do Trabalho. Para embasar a acusação, o DEM anexou à representação a íntegra do discurso de Lula na festa da CUT, no qual defendeu o seqüenciamento do governo.
Na festa da Força Sindical Lula deu a receita para que seu governo tivesse seqüência: “Todos vocês sabem quem eu quero”.
Outro lado
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ironizou as representações. “Até outubro, eles vão entrar na Justiça por qualquer coisa”, disse.
Para o líder do governo, as declarações do presidente durante evento do Dia do Trabalho, em São Paulo, no último fim de semana, é “equilibrada” e “legal”. “Não era comício, era uma festa dos trabalhadores.”