Com Lula, dívida cresce R$ 470 bi e chega a R$ 1,093 trilhão
Por Adriana Fernandes e Fabio Graner, no Estadão desta quinta:No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a dívida interna em títulos do governo federal cresceu R$ 470,3 bilhões e atingiu, no fim de 2006, a marca histórica de R$ 1,093 trilhão. Mas, pela primeira vez desde 1999, o governo conseguiu avanços significativos […]
No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a dívida interna em títulos do governo federal cresceu R$ 470,3 bilhões e atingiu, no fim de 2006, a marca histórica de R$ 1,093 trilhão. Mas, pela primeira vez desde 1999, o governo conseguiu avanços significativos no conjunto dos indicadores de sustentabilidade da dívida: reduziu a fatia dos títulos pós-fixados, alongou os prazos e deu mais previsibilidade de pagamento com o aumento da parcela de papéis prefixados. Essa melhora só foi possível por causa da conjuntura externa e interna favorável ao Brasil, de ampla liquidez no mercado internacional, menor volatilidade da taxa de câmbio e redução dos juros e da inflação. Para 2007, o secretário do Tesouro, Tarcísio Godoy, prevê ventos ainda favoráveis ao País, permitindo que o perfil da dívida continue a melhorar.“As condições macroeconômicas vão continuar a atuar a nosso favor”, disse ele, ao anunciar o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2007, que traz a estratégia de administração da dívida. O PAF prevê que o Tesouro terá de refinanciar R$ 370,5 bilhões neste ano. “As metas serão alcançadas”, assegurou Godoy. Em 2006, a dívida cresceu R$ 113,84 bilhões, mas o total de R$ 1,093 trilhão ficou abaixo do piso previsto pelo PAF do ano passado, apesar dos resgates terem superado em R$ 28,26 bilhões as novas emissões de títulos. Isso porque o impacto dos juros no estoque chegou a R$ 142,1 bilhões.
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