Madame Mim: ela é um pouco desastrada, coitada! Um leitor reclama de eu ter chamado Chomsky de “picareta” porque, afinal, trata-se do maior lingüista do mundo e tal. Sei bem. Conheço a sua obra. Ossos do ofício. Estudei letras. Não acho “o maior”, mas não me referi a seu trabalho de lingüista. Ele é que […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 23h15 - Publicado em 4 set 2006, 23h38
Madame Mim: ela é um pouco desastrada, coitada!
Um leitor reclama de eu ter chamado Chomsky de “picareta” porque, afinal, trata-se do maior lingüista do mundo e tal. Sei bem. Conheço a sua obra. Ossos do ofício. Estudei letras. Não acho “o maior”, mas não me referi a seu trabalho de lingüista. Ele é que usa a distinção alcançada nessa área para pontificar sobre temas outros — especialmente política. A sua militância há muito deixou de lado as questões da lingüística para se concentrar no debate ideológico e no combate ao imperialismo americano. E aí está a picaretagem. Chomsky não passa de um Michael Moore alfabetizado, menos adiposo e, eventualmente, de banho tomado. Do mesmo modo, referi-me há dias a Chico Buarque e nem entrei no mérito de suas canções líricas. Desanquei as políticas, aí sim, porque 1) não gosto de arte engajada como tese geral; 2) o engajamento supõe alguma utopia; que a de Chico seja Lula, eis um fim que nem eu, que não sou seu admirador, lhe antevia. Estou falando do Chomsky — e o mesmo aconteceu com Chico — que exerce o que Marilena Chaui, a Madame Mim da filosofia, chama de “discurso competente”. Está no livro Cultura e Democracia. Uma parceria não explicitada sua com Claude Lefort…
VEJA Mercado - quarta, 18 de setembro
Já é possível ver tendência global de venda de dólares, diz Gabriel Redivo
VEJA Mercado desta quarta-feira recebeu o diretor da Aware Investments. Entre outros assuntos, ele afirmou que bancos internacionais passaram a recomendar compra de reais após dólar engatar cinco sessões em baixa. Redivo falou também sobre a provável alta de juros no Brasil e o corte nos Estados Unidos.
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