Chávez e os “sudetos hondurenhos”
O nome da quase crise em Honduras é um só: Hugo Chávez. O bufão exporta não apenas a sua revolução, mas também a suas ventura. Golpe gorila? Em golpes gorilas, o dirigente deposto é morto ou preso, não retirado do país. Há uma carta-renúncia de Zelaya. Ele diz ser falsa. O mais provável é que […]
O nome da quase crise em Honduras é um só: Hugo Chávez. O bufão exporta não apenas a sua revolução, mas também a suas ventura. Golpe gorila? Em golpes gorilas, o dirigente deposto é morto ou preso, não retirado do país. Há uma carta-renúncia de Zelaya. Ele diz ser falsa. O mais provável é que a Justiça do país tenha determinado a sua prisão em razão do reiterado desrespeito à Constituição, e, seguindo a orientação de Chávez, ele tenha negociado a saída do cargo para, uma vez fora, dar início à gritaria, acusando o golpe de Estado, tentando, então, a volta por cima. Chávez deve ter usado a si mesmo como exemplo. Derrubado por um setor das Forças Armadas, acabou reempossado. E deu no que deu. Só que a situação interna dos dois países é bem distinta. Zelaya é um neobolivariano sem bolivarianistas para pôr na rua. A população ignorou a sua pantomima. Não tinha também o apoio, tudo indica, de setores das Forças Armadas.
O que está em jogo na pequena Honduras é uma coisa só: o país mantém a sua autonomia, governada por uma Constituição democrática, ou se torna mais uma fazendola de Hugo Chávez? Quem vai decidir, na prática, é BaracK Obama. Honduras depende visceralmente dos EUA para manter uma estabilidade mínima. “Ih, então é aí que mora o perigo”. Sim, é aí que mora o perigo. O que pensa Lula, que se nega a reconhecer o novo governo, para os hondurenhos, é de uma formidável irrelevância. O que vai fazer Obama é vital.
O governo americano é que vai decidir se Hugo Chávez vai anexar mais um “sudetos”…