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Reinaldo Azevedo

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Após triunfo, PP vê crise se agravar e monta transição

Por Jamil Chadem no Estadão: Um dia após a vitória nas eleições gerais na Espanha, o Partido Popular (PP) pressionou o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero a acelerar a transição de poder. O pedido foi apoiado pelo mercado financeiro e líderes europeus diante do agravamento da crise no país. Ontem, o Banco de Valência quebrou, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 18h01 - Publicado em 22 nov 2011, 06h17

Por Jamil Chadem no Estadão:
Um dia após a vitória nas eleições gerais na Espanha, o Partido Popular (PP) pressionou o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero a acelerar a transição de poder. O pedido foi apoiado pelo mercado financeiro e líderes europeus diante do agravamento da crise no país. Ontem, o Banco de Valência quebrou, a recessão foi anunciada no país, a bolsa caiu e o risco país disparou. O futuro primeiro-ministro, Mariano Rajoy, não esperou nem um dia para pedir ajuda da chanceler alemã, Angela Merkel, para conter a turbulência e alertar: a Espanha não tem mais condições de sair da crise sozinha.

Os investidores querem mais que a maioria absoluta de Rajoy nas eleições. Defendem que o processo de transição comece imediatamente. “Isso prova que não existem milagres”, reconheceu Dolores de Cospedal, secretária-geral do PP. Em um reconhecimento explícito do risco que a Espanha corre, Rajoy pediu ontem ajuda a Merkel e disse que a responsabilidade pelo resgate de um país não deve ser restrito à medidas internas de austeridade.

O futuro primeiro-ministro insistiu em seu compromisso com o euro e garantiu que cumprirá as exigências de fazer duros cortes nos gastos da Espanha, de mais de 20 bilhões. Mas alertou que a estratégia para sair da crise só vai funcionar quando houver uma “estratégia de toda a zona do euro para salvar nossas dívidas”. A Alemanha é contra o uso do Banco Central Europeu para socorrer governos, que já custou aos cofres públicos 187 bilhões. O problema é que o bloco ainda não chegou a um acordo para criar um fundo de resgate.

O premiê eleito insistiu que a Espanha não tem como se financiar com taxa de juros de quase 7%. Para Rajoy, assim como é responsabilidade de Madri cumprir o plano de cortes, cabe à UE financiar os que precisam de ajuda e dão demonstrações de seriedade em seus compromissos. Para Rajoy, a Espanha não pode ser tratada da mesma forma que países que não cumprem as exigências da UE – como Grécia e Itália. Se Rajoy prometia austeridade, os mercados não deram trégua e querem detalhes dos planos do premiê eleito para reduzir o déficit público espanhol e a saída imediata de Zapatero. O problema, para o mercado e para a União Europeia, é que a transição de poder na Espanha poderá durar até o Natal.

Ontem, o risco país da Espanha atingiu 463 pontos básicos, perto do recorde. A taxa de juros sobre a dívida soberana espanhola chegou a 6,5%, e a Bolsa de Madrid sofreu queda de 3,4%. “O novo governo não terá uma lua de mel longa”, ironizou Geoffrey Yu, analista do banco UBS.

Estatização
ma demonstração da fragilidade das finanças espanholas foi a decisão de emergência do BC local de injetar 3 bilhões para salvar o Banco de Valência, prestes a falir. Foi o primeiro banco a ser oficialmente resgatado na Espanha e mostrou que a turbulência nos mercados teve impacto na economia. Com a alta na taxa de risco país, o banco foi afetado por um rebaixamento de sua classificação. Ficou sem acesso a créditos e não teve como honrar suas dívidas. O segundo recado de que a transição precisa ocorrer rápido veio da própria Merkel. Em pleno caos financeiro, ela não entrou em contato com Zapatero, como tem feito de costume, mas manteve uma conversa de 20 minutos com Rajoy. Na pauta, “os grandes problemas da Espanha”. Merkel cobrou soluções rápidas e pediu pressa na definição do pacote de austeridade que Rajoy terá de propor.

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