Ao leitor que pensa ser marxista. Com açúcar, com afeto
Huuummm. Mais um petralha metido a alfabetizado. Este, ao menos, tem nome: João Paulo. A propósito da referência que fiz ao livro A Ideologia Alemã, de Marx, ele me manda estas simpáticas palavras, que seguem em azul. Gosto que tentem me assustar com vocabulário pseudo-acadêmico. Essa gente realmente não me conhece. Vamos lá: Você nunca […]
Você nunca leu Marx, não é mesmo? Se lesse, saberia que ele nunca formulou, por exemplo, uma teoria do Estado (até por que o marxismo é estruturalmente incompatível com tal reflexão). Sequer pensou na Revolução, ou em como se daria a transição para a sociedade socialista. Logo, afirmar que na obra dele está alguma indicação sobre Gulags e processos sumários, é cretinice intelectual.
Assim sendo, para continuar a usar seu linguajar, culpar Marx por, sei lá, Stalin, é uma indigência histórica. É como culpar Jesus ou os Apóstolos, pelo genocídio na América, ou pelos Pogroms, ou ainda pela escravidão africana. A homologia é perfeita, não é mesmo?
Ele consegue falar em “teoria do Estado” e usar expressões como “estruturalmente incompatível” — o que demonstra que foi vítima da embromação submarxista na universidade (pior: embromação althusseriana: Althusser, sim, confessou que, de fato, não houvera lido Marx; depois matou a mulher…) — mas não sabe a diferença entre “por que” e “porque”. Muito típico. “Não sabem governar sua cozinha/ e querem governar o mundo inteiro” – Gregório de Matos. Vejam como ele nega com autoridade as coisas que eu não disse (em tempo: é “nem sequer” que se escreve). Onde escrevi que Marx pensou a transição para a sociedade socialista ou que havia indicação de “Gulags e processos sumários” em sua obra?
Não escrevi, mas a “indicação” das duas coisas é bem fácil de encontrar, embora eu não tenha escrito nada disso. A fraude socialista — e seu posterior desmoronamento — se devem à “Teoria do Valor”, de Marx, onde fica visível um misto de fascínio e horror pelo mercado. Tanto que Lênin é obrigado a aposentá-la nos primeiros anos da revolução. Só o Adedeuta Bigodudo, que se queria muito sabido (by Simon Sebag Montefiore), tentou aplicá-la a ferro e fogo. E foi o horror que se viu. Quanto à visão totalitária de mundo e da política, esta é parte constitutiva da obra de Marx, que via a questão social como uma espécie de evolução da natureza, de que o socialismo seria um ponto de chegada — ele, sim, buscou decretar a morte da história. João Paulo acha que me assusto com esse “pseudismo” universitário. “Homologia”??? Pfui… No mais, a comparação o trai: ele acredita mesmo que Marx fundou uma religião. Quando, à moda do Apedeuta, tenta encontrar um correspondente histórico “do outro lado” para o socialismo, recorre logo ao cristianismo… Pronto. Ganhou um presentinho do Tio Rei. Agora chega.
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