A tal propaganda vende, afinal de contas, o quê?
Há um outro aspecto a ser comentado na propaganda do governo Dilma Rousseff (ler post a respeito), aquela da mão grande, para o qual a minha filha mais velha — diz o pai orgulhoso, hehe! — chamou a atenção: “Mas isso é propaganda do quê? O que eles estão anunciando? É propaganda só pra dizer […]
Há um outro aspecto a ser comentado na propaganda do governo Dilma Rousseff (ler post a respeito), aquela da mão grande, para o qual a minha filha mais velha — diz o pai orgulhoso, hehe! — chamou a atenção: “Mas isso é propaganda do quê? O que eles estão anunciando? É propaganda só pra dizer que o governo é bom?”
É isso mesmo!
Reprovo esse aspecto da publicidade oficial há alguns anos. Essa bagunça tem de ser regulamentada. Vai haver vacinação? Que se faça, vá lá, a propaganda. É preciso informar dados técnicos sobre o programa de construção de casas, ok…
O que não é possível é investir uma soma fabulosa de dinheiro público naquilo que é, no fundo, criação de uma marca, como se o governo fosse um produto que devesse ser consumido pelos brasileiros. Ora, com os diabos!, qual é a nossa alternativa?
Alguém dirá: “A oposição!” Ora, mas se é assim, também considerou a minha filhota no desenvolvimento da nossa conversa, então a oposição também deveria ter o direito de fazer propaganda de sua marca, certo?”
Certo!
A propaganda oficial, na forma como é feita no Brasil — e somos dos poucos países do mundo com tamanha “liberalidade” na área —, é uma indecência.
Se vocês notarem, a publicidade das estatais faz a mesma coisa. Bancos oficiais não estão vendendo produto nenhum; tampouco a refinaria, a distribuidora de combustíveis ou a geradora de energia. Todos eles estão torrando alguns milhões para, supostamente, exaltar a grandeza do povo brasileiro — que, tudo bem pensado, deriva da grandeza do governo, aquele da mão grande… Não há democracia no mundo que exiba esse padrão. Até porque não há democracia no mundo em que o estado, direta ou indiretamente, anuncie tanto.