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Reinaldo Azevedo

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A S&P, o rating do Brasil e a queda de juros

A Agência S&P elevou a nota de crédito no Brasil. Um dos principais motivos alegados não deixa de ser interessante e expõe ou uma crise de paradigmas ou a choradeira de quem perdeu um graninha. Leiam o que informa a VEJA Online. Volto em seguida. * A agência de classificação de risco Standard and Poor’s […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h09 - Publicado em 17 nov 2011, 23h29

A Agência S&P elevou a nota de crédito no Brasil. Um dos principais motivos alegados não deixa de ser interessante e expõe ou uma crise de paradigmas ou a choradeira de quem perdeu um graninha. Leiam o que informa a VEJA Online. Volto em seguida.

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A agência de classificação de risco Standard and Poor’s elevou nesta quinta-feira em um grau a nota de crédito soberano do Brasil. Segundo, o governo tem demonstrado seu compromisso de atingir as metas fiscais. A S&P elevou o rating de longo prazo em moeda estrangeira para “BBB”, ante “BBB-“, segundo nível de “grau de investimento”, quando a avaliação é de que o país mostra poucos riscos de calote.

A perspectiva do Brasil, ainda segundo a S&P, é estável. “Esperamos que o governo persiga políticas fiscais e monetária cautelosas que, combinadas com a resiliência (capacidade de se adaptar às mudanças) econômica do país, devam moderar o impacto de potenciais choques externos e sustentar as perspectivas de crescimento no longo prazo”, informou a S&P em comunicado.

A S&P foi a última das três principais agências de risco a elevar o nível brasileiro. A Fitch já havia elevado a nota do Brasil para “BBB” no início de abril, também segundo grau dentro da classificação de “grau de investimento.” A Moody’s fez o mesmo movimento em junho passado ao elevar a nota brasileira de “Baa3″ para “Baa2″.

De acordo com o diretor de rating soberano da S&P, Sebastian Briozzo, as manifestações do governo de que o superávit primário cheio é meta também para 2012, 2013 e 2014 foi outro elemento essencial para a elevação do rating do País. “O compromisso fiscal de médio e longo prazo também foi um fator importante para a nossa decisão”, destacou. “A questão fiscal é um elemento decisivo que permite ao Banco Central dar continuidade ao processo de queda dos juros”, destacou.

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O Ministério da Fazenda, por meio de nota, comemorou a decisão da S&P. “A decisão da S&P de promover a nota brasileira em um momento delicado da economia internacional é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do país”, informou o órgão.

Elevação não surpreende
O movimento, contudo, já era esperado e não deve provocar grandes mudanças. A Fitch já havia elevado a nota do Brasil para BBB no início de abril, também segundo degrau dentro da classificação de “grau de investimento.” A Moody’s também fez o mesmo movimento em junho passado ao elevar a nota brasileira de Baa3 para Baa2.

“Não é uma surpresa”, disse o economista para a América Latina da Brown Brothers Harriman, Win Thin, em Nova York. “No meu modelo, o Brasil tem uma nota de BBB+. Acredito que venham novos upgrades à frente. Elas estão agora apenas reconhecendo a melhora no risco soberano do Brasil, diferentemente do que temos visto no mundo desenvolvido.”

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Voltei
Apanho muito daqueles de sempre, como sabem, porque, dizem, “você só critica o governo”. Pois é: no caso do corte de juros, se vocês se lembrarem bem, eu elogiei. O que não gostei, aí sim, é que há sérias suspeitas de que houve alguns pesos-pesados se beneficiando do vazamento de informação. Isso, sim, era sério.

Embora as agências de risco tenham saído chamuscadas — se é que não foram calcinadas — pelas crises americana e européia, ainda continuam a ser uma referência para os tais “mercados”, que ficaram em polvorosa com a queda da taxa de juros. Curiosamente, no relatório da S&P, a decisão de baixar os juros foi elogiada.

Parece que o diagnóstico de que a crise mundial teria um impacto forte na economia brasileira vai se cumprir. Já há quem preveja crescimento abaixo de 3%; há previsões nada apocalípticas de 2,5%. “Ah, mas a desaceleração não está derrubando a inflação como se esperava”. Bem, aí o problema é outro e certamente não vai se corrigir com os juros nos cornos da lua, porque eles continuam lá, não é? Não suponho que os ditos “mercados” sairão atirando contra a S&P e a elevação do rating.

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