Zema e Pacheco trocam farpas sobre renegociação da dívida de Minas Gerais
Governador diz que presidente do Senado ‘ficou na falação’; parlamentar o critica por ‘querer resolver para ontem o que não resolveu em 5 anos’
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trocaram farpas por meio de declarações públicas nesta quarta-feira sobre a renegociação da dívida do Estado com a União.
Como mostrou o Radar, Lula buscou fritar Zema ao deixá-lo de lado na discussão da crise fiscal mineira e dar ao senador os meios de negociar a pendência de 160 bilhões de reais com o Tesouro Nacional.
Em uma fala reproduzida pela rádio Itatiaia, o governador disse que, mesmo depois de Pacheco ter apresentado uma proposta para a quitação gradual do passivo, “ficou falação até agora” e não teria havido “nenhuma ação efetiva do governo federal”.
Zema anunciou que pedirá ao STF, junto com a Assembleia Legislativa mineira, a extensão do prazo de suspensão do pagamento da dívida com a União, que se encerra em 20 de dezembro. E cobrou apoio de Pacheco à ação.
Poucas horas depois, Pacheco anunciou em nota à imprensa que terá uma reunião sobre a dívida do Estado com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta quinta-feira e disse que “o governador não pode querer para ontem algo que ele não conseguiu resolver em cinco anos”.
“Quero ajudar o governador a resolver o maior problema do governo dele. Mas o governador não pode querer para ontem algo que ele não conseguiu resolver em cinco anos. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo”, disse o senador.