Velódromo que pegou fogo não cumpre exigências dos Bombeiros
Sistema de detecção e alarme foi considerado incompleto

O incêndio no Velódromo do Parque Olímpico expôs mais uma vez o que prefeitura e governo federal já sabem desde maio. A instalação não atende às exigências do Corpo de Bombeiros para funcionar.
A informação está em um relatório de inspeção do Ministério do Esporte publicado por VEJA neste fim de semana.
O documento apresenta 1 642 falhas na construção de quatro arenas do Parque Olímpico: Velódromo (657), Centro de Tênis (586), Arena Carioca 1 (261) e 2 (138). São infiltrações, corrosão de peças metálicas, material cortante no chão das quadras, fiação elétrica exposta, pisos e portas danificadas.
No relatório sobre o Velódromo, a arena mais problemática do Parque, há uma série de pontos que abordam a questão dos incêndios.
O sistema de detecção e alarme foi considerado incompleto e vinte câmeras de segurança estão fora do ar. Se houvesse público no Velódromo no momento em que o fogo se alastrou, mais problemas poderiam ter acontecido.
Segundo o relatório do Ministério do Esporte, rampas, escadas e saídas de emergência da arena foram feitas em tamanho menor do que o padrão aprovado pelos Bombeiros.
O governo federal que assumiu as quatro arenas no fim do ano passado espera que a prefeitura do Rio cobre as construtoras responsáveis pela obra do Parque. No entanto, o pedido está parado desde maio nas gavetas municipais.