Suspeitas dão sensação que Venezuela não vive democracia plena, diz Renan
Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado faz discurso em audiência com Celso Amorim sobre o papel do Brasil no conflito no país vizinho
O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta quinta-feira, ao dar inicio a uma audiência com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula, que as suspeitas sobre as eleições na Venezuela ampliam a sensação de que o país vizinho não vive “uma democracia plena”.
“Há múltiplos questionamentos, especulações, contestações, lacunas e sobretudo uma opacidade que não colabora em nada para dissipar as dúvidas levantadas por organismos internacionais, agentes públicos e privados mundo afora, entidades civis, ONGs, entre outras”, afirmou o emedebista. “Como se sabe, não existe democracia relativa.”
Uma das principais porta-vozes dos questionamentos da oposição a Amorim será a líder do PP no Senado, Tereza Cristina (MS). Ao ex-chanceler, ela vai perguntar sobre o impacto da sugestão de novas eleições – que o Itamaraty nega ser a posição oficial do governo – no papel do Brasil como mediador e se o regime de Nicolás Maduro soube de antemão da proposta informal.