Sob desconfiança mútua, Bolsonaro chega aos EUA para 1ª reunião com Biden
O presidente brasileiro prometeu mostrar ao americano "o que é o Brasil"
A chegada do presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva a Los Angeles para participar da Cúpula das Américas e se reunir pela primeira vez com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ocorre sob desconfiança de ambas as partes.
A expectativa sobre como será a estreia da dupla nada sintonizada vai durar até o começo da noite desta quinta, já que os dois devem iniciar a reunião bilateral às 19h15, no horário de Brasília.
Uma hora e meia antes, eles vão participar da plenária de abertura da 9ª edição da Cúpula das Américas, que tem Biden como anfitrião e terá como tema a “construção de um futuro sustentável, resiliente e equitativo”.
Bolsonaro, como se sabe, era entusiasta da reeleição do aliado Donald Trump e fez eco às denúncias de supostas fraudes nas eleições americanas, vencidas pelo democrata. Um dia antes de embarcar rumo a Los Angeles, ele repetiu a ladainha em uma entrevista ao SBT News.
Empossado há quase um ano e cinco meses, Biden nunca havia topado uma conversa com Bolsonaro, com quem já trocou críticas principalmente por conta da política ambiental do governo brasileiro. Mas precisou ceder para evitar um esvaziamento da cúpula, que já não terá a presença do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Nesta quarta, Bolsonaro prometeu aproveitar a reunião para mostrar a Biden “o que é o Brasil”. Esta, aliás, será a sexta visita do presidente brasileiro aos Estados Unidos.
Depois de participar do segundo dia da cúpula, na sexta-feira, ele vai viajar a Orlando, na Flórida, para inaugurar um vice-consultado do Brasil na cidade. A nova repartição consular é subordinada ao Consulado-Geral em Miami. Estima-se que cerca de 475 mil brasileiros morem no estado.