Depois de o Senado adiar a votação do Mover e uma reunião de líderes sobre o projeto terminar sem acordo nesta terça à noite, Rodrigo Cunha (Podemos-AL) disse que não vai mudar seu relatório para incluir novamente a “taxação de blusinhas” no texto. A exclusão do trecho sobre a tributação de importados de até 50 dólares fez o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ameaçar não votar o programa de mobilidade verde se o projeto voltar para nova análise dos deputados.
“A impressão que nós temos é que o texto ficou bastante mexido, bastante confuso em diversos outros assuntos, tanto do Mover quanto da importação dos produtos. E eu acho que o tempo de hoje para amanhã pode ser até que o relator reflita e veja que, na realidade, as situações quando elas são postas claramente a gente tem que enfrentar com coragem e saber respeitar os acordos que são feitos”, afirmou Lira em entrevista a jornalistas.
Cunha, por sua vez, disse que não participou de nenhum acordo, seja com o governo Lula ou a Câmara, sobre a tributação de importados até 50 dólares – assunto que ficou conhecido como “taxação das blusinhas” por atingir varejistas chinesas como Shein e Shopee.