Senado terá debate sobre posição do Brasil na guerra entre Israel e Hamas
Chanceler Mauro Vieira participará de audiência sobre o conflito, a posição da diplomacia no governo Lula e a repatriação de brasileiros
A Comissão de Relações Exteriores do Senado fará um debate na próxima quarta-feira com o chanceler Mauro Vieira sobre a guerra em Israel e na Palestina, a posição da diplomacia no governo Lula e a repatriação de brasileiros.
A audiência pública está marcada para 13h. A reunião extraordinária foi convocado pelo presidente da CRE, Renan Calheiros.
O Brasil ocupa atualmente a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. Na última quarta-feira, Lula fez um apelo ao secretário-geral do organismo, Antônio Guterres, e à comunidade internacional “em defesa das crianças palestinas e israelenses”.
“É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas”, escreveu o presidente.
Historicamente, a diplomacia brasileira sustenta um “compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.
O Itamaraty já realizou três voos completos de repatriação, trazendo ao Brasil 495 cidadãos brasileiros que estavam em Israel. Havia previsão de que mais dois voos fossem realizados até este último domingo.
O ministério informou ter identificado cerca de 20 brasileiros, em sua maioria mulheres e crianças, que manifestaram interesse em ser retirados da Faixa de Gaza.
“Parte deles está reunida em escola local, onde lhes foram fornecidos alimentos, colchões e roupas de cama, entre outros gêneros. A Embaixada em Tel Aviv solicitou formalmente ao Governo de Israel que não bombardeie a escola”, afirmou o Itamaraty na última quinta-feira.