Jair Bolsonaro saiu da cama nesta quarta, depois do discurso golpista do feriado, preocupado em falar dos problemas reais do país. Não para encontrar soluções, mas para esquivar-se da responsabilidade pelo aumento dos preços e da crise econômica que castiga as famílias no país.
Inflação, segundo Bolsonaro, é culpa do fechamento das cidades pelos governadores e prefeitos durante a pandemia. “Uma das consequências do fechamento é a inflação. e o pessoal me culpa pela inflação”, disse Bolsonaro.
Sobre o aumento do gás, dos combustíveis e o avanço da miséria, Bolsonaro seguiu o mesmo roteiro. “Fazer o futuro é cada um de vocês. Achar que eu tenho super poderes de levantar a espada e fazer tudo… Conseguimos aquele programa para ajudar aquele pessoal de carteira assinada”, disse sobre o auxílio emergencial na pandemia. “Eu disse, durante a pandemia, que tem que enfrentar os problemas, não adianta ficar na cama chorando”, disse.
Sobre o clima golpista dos protestos, o presidente voltou a falar que “sabe para onde o Brasil está marchando”. “Não é fácil você mudar uma coisa que está há décadas encrustada no poder. Alguns querem que eu faça assim e resolva o assunto. Ontem eu era só mais um na multidão. Nada sobe na minha cabeça. Sei da minha responsabilidade e para onde o Brasil está marchando também”, disse Bolsonaro, que reclamou do fato de a imprensa ter destacado o tom “antidemocrático” das manifestações que pediam o fechamento do STF e um novo golpe militar.