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Secretaria de Prêmios e Apostas ajuda PF em operação contra Bruno Henrique

Empresas de monitoramento que têm parceria com pasta da Fazenda cruzaram fluxo suspeito de apostas com comportamento do jogador

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 nov 2024, 10h01 - Publicado em 5 nov 2024, 09h43
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  • A operação da Polícia Federal (PF) contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação do jogo contra o Santos no segundo turno do Brasileirão de 2023 teve origem em relatórios de empresas de monitoramento repassados pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

    As instituições identificaram um fluxo suspeito de apostas para aquela partida e, a partir de um cruzamento com o comportamento do jogador, enviaram análises à pasta.

    A PF, então, obteve dados de casas de apostas por meio dos representantes legais indicados pela secretaria subordinada à Fazenda mostrando que parentes de Bruno Henrique e um outro grupo, “ainda sob apuração”, apostaram que o atleta rubro-negro receberia cartão naquela partida.

    Mais de 50 agentes da Polícia Federal e seis integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Pùblico do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, no Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).

    “Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão”, afirma a PF, que diz atuar sob “autorização expressa” do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, “tendo em vista a repercussão nacional do caso, que exige repressão uniforme”.

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    Resultado de monitoramento

    “Isso já é resultado do monitoramento que é feito por instituições internacionais de monitoramento, como International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, SIGA e Genius Sports”, afirmou Giovanni Rocco, secretário nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, pasta subordinada ao Ministério do Esporte.

    “Quando essas empresas identificam algum movimento suspeito no fluxo das apostas, na aposta específica e no comportamento do atleta, elas fazem esses cruzamentos e nos acionam. A partir dessa provocação, a gente instaura um processo administrativo e encaminha para a PF”, acrescentou.

    Em nota, a Polícia Federal disse que uma comunicação feita pela Unidade de Integridade da CBF contendo relatórios da IBIA e da Sportradar mostrou suspeitas de manipulação do mercado de cartões durante a partida Flamengo 1 x 2 Santos, pelo segundo turno do último Campeonato Brasileiro, em 1º de novembro de 2023.

    Aos 50 minutos do segundo tempo daquela partida, Bruno Henrique recebeu cartão amarelo por uma falta em Soteldo e, depois de reclamar agressivamente com o rosto próximo ao do árbitro, acabou expulso.

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