Rodrigo Pacheco recusa convite do PSD para disputar presidência
Presidente do Senado diz que vai centrar esforços à frente da Casa Legislativa; partido de Kassab está de olho em Eduardo Leite e não descarta apoio a Lula

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na noite desta quarta que não vai disputar a presidência da República e que vai centrar esforços à frente da Casa legislativa.
O parlamentar, que recentemente declarou que nunca havia afirmado que seria candidato, agradeceu o convite e a confiança do presidente do partido, Gilberto Kassab, que endossava sua candidatura.
“É preciso reagir e reconstruir o nosso país, que já não vinha bem antes da pandemia. Essa deve ser a prioridade de todos os agentes públicos: permitir que todos os brasileiros tenham uma vida digna, com emprego, remuneração justa, educação e saúde de qualidade, segurança, transporte eficiente e comida no prato. Nesse cenário, tenho que dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão ansiada recuperação do país”, disse em trecho de seu pronunciamento.
O correligionário Nelson Trad (PSD-MS) parabenizou o posicionamento de Pacheco. “Um gesto de grandeza, desprendimento, humildade e senso de responsabilidade”, disse. “Ele forma ao seu lado um grupo coeso, unido, que o respeita pela admiração dos seus atos”.
Interlocutores do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), dizem que ele será a aposta do PSD na corrida ao Planalto. Caso o tucano aceite a proposta, precisará acertar sua filiação e renunciar ao Executivo gaúcho até o início de abril. Leite foi derrotado pelo governador de São Paulo João Doria nas prévias do PSDB para a vaga à presidência da República.
Ao mesmo tempo, ala do PSD defende ainda que o partido apoie já no primeiro turno a candidatura do ex-presidente Lula (PT). Kassab vinha tentando convencer o ex-tucano Geraldo Alckmin, ainda sem partido, a se filiar à sigla e disputar a presidência na vice do petista.