“Realmente chegaram muito perto”, diz Lewandowski sobre plano golpista
O ministro atribuiu a falha do golpe a uma ação isolada dentro das Forças Armadas
Os quatro oficiais do Exército e o policial federal presos nesta manhã pela PF “realmente chegaram muito perto” de executar um golpe de Estado que incluía os assassinatos de Lula, Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski, há pouco, em Brasília.
Em seu pronunciamento, Lewandowski afirmou que os investigados estiveram, em vários momentos, por exemplo, próximos às dependências de Moraes.
“Bom, realmente chegaram muito perto. Eu acabo de ler as duzentas e poucas páginas da representação da Polícia Federal. Em vários momentos chegaram muito próximo, rondaram o apartamento funcional do ministro Alexandre de Moraes, e certamente não tiveram oportunidade de praticar esse pavoroso, desígnio, enfim, criminoso que eles estavam urdindo. Os acusados chegaram muito próximo de materializarem seus intentos criminosos”, declarou.
O ministro destacou também que o plano falhou porque a grande maioria dos que integram as Forças Armadas não aderiram à intentona golpista. Tratou-se de um ato isolado, segundo Lewandowski, mas grave e que continuará a ser investigado.
“Felizmente, a grande maioria, eu diria, as Forças Armadas como um todo, não participaram dessa trama. E esse é um dos fatores pelos quais essa trama não logrou êxito. Foi uma ação isolada, mas grave, e pessoas que estavam em postos de comando da República, em nível, inclusive, ministerial, se suspeita. Isso ainda vai ser apurado com muito detalhe, mas essa é uma das fases de um inquérito que vem se progredindo, vem se desenvolvendo há muito tempo”, ressaltou.