Denunciada pelo Ministério Público do Rio por participação no esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, a mãe do miliciano Adriano da Nóbrega não foi empregada apenas do primogênito de Jair Bolsonaro.
Na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Raimunda Veras Magalhães também deu expediente na liderança do PP, entre março de 2015 e abril de 2016.
À época, Flávio estava no PP, e o líder do partido era o deputado Dionísio Lins.
Em março de 2016, o 01 deixou o PP rumo ao PSC, pelo qual concorreu à prefeitura do Rio naquele ano. Em 1º de abril, Raimunda foi exonerada da liderança e, em maio, nomeada no gabinete de Flávio Bolsonaro. Ficou até novembro de 2018.
Raimunda foi uma das assessoras que teve o sigilo quebrado por ordem judicial. Ao longo das investigações, o MP apontou que a mãe de Adriano recebeu 252,7 mil reais da Alerj, dos quais repassou 52,7 mil reais para o ex-assessor Fabricio Queiroz e sacou em espécie 186,5 mil reais – valores que, somados, equivalem a 94% de sua remuneração.
Além de Raimunda, a ex-mulher de Adriano foi denunciada pelo MP do Rio. Danielle Mendonça foi assessora de Flávio de setembro de 2007 a novembro de 2018.
Ex-capitão do Bope e suspeito de ter chefiado um grupo de milicianos chamado de Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega foi morto em ação conjunta da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e a Polícia Civil do Rio de Janeiro.