Prefeitura de SP oferece apoio ao desenvolvimento da vacina contra o crack
Pacientes em cuidados prolongados podem participar da próxima fase da pequisa que faz testes em humanos
Professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Frederico Garcia, o responsável pela pesquisa que desenvolve uma vacina contra a dependência em crack e cocaína, foi à Prefeitura de São Paulo na manhã desta quinta-feira. Ele foi recebido pelo Chefe de Gabinete, Vitor Sampaio, e pelo Secretário de Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
Ao cientista, a Prefeitura ofereceu apoio financeiro e de equipe técnica para o desenvolvimento da pesquisa, além de iniciar tratativas para fazer testes em humanos com pacientes do Centro de Cuidados Prolongados. O público seria o ideal para a vacina, que deve agir em pessoas que já passaram por desintoxicação e querem seguir o tratamento sem recaídas.
A vacina já foi testada em animais, mas agora se estuda a possibilidade de importar o insumo. Com decisão judicial, a equipe da UFMG recebeu 1 quilo de cocaína da Polícia Federal para desenvolver as primeiras amostras. A Anvisa, no entanto, não tem uma legislação clara sobre a manipulação de cocaína para medicamentos usados em humanos, por isso, o Insumo Farmacêutico Ativo pode vir dos Estados Unidos.
O cientista Frederico Garcia também se encontrou com o vice-governador Felício Ramuth, que demonstrou interesse do governo estadual em auxiliar o estudo. Segundo Garcia, os testes de fase 1 e 2 têm custo estimado de 30 milhões de reais, enquanto os de fase 3 podem chegar a 150 milhões de reais.