A primeira semana de governo Lula teve pico de menções ao preço da gasolina no Twitter. O combustível aumentou em várias localidades do Brasil. O Ministério da Justiça ameaçou punir postos que elevaram o valor argumentando que não há motivo para a alta. O cenário, no entanto, já gerou repercussão.
Segundo levantamento do software da Vox Radar, especializado na análise de redes sociais, entre 1º e 6 de janeiro, a ‘gasolina’ foi citada em 32.900 postagens, média de 5.482 por dia. Ao todo, essas publicações geraram 891.400 interações (likes, RTs e comentários), equivalente a 148.600 por dia. Os valores são superiores às médias registradas no ano passado.
Em 2022, o termo foi utilizado, em média, em 3.351 postagens por dia (total de 1,2 milhão), com 66.900 interações geradas diariamente (24,4 milhões no ano). Levando em conta a média semanal de 2022, também temos números inferiores à primeira semana de 2023. A cada uma das 52 semanas do ano passado, foram gerados em média 23.500 postagens e 469.600 interações.
Os dados encomendados pela startup O Pauteiro mostram que, do total de postagens ocorridas em 2023, o termo ‘preço’ é o mais repetido, presente em 4.800 publicações. Em seguida, em aproximadamente 4.000, há presença do termo ‘Lula’. As publicações que citam o presidente, inclusive, são responsáveis por 253.700 interações, cerca de 30% do total registrado em 2023.
Neste ano, a gasolina foi debatida por 26.400 usuários, aproximadamente 4.400 por dia – superior aos 1.600 de média de 2022. Ao observar os termos mais presentes na bio do Twitter dos que debateram gasolina em 2023, fica clara a presença de termos que se tornaram símbolo da militância virtual bolsonarista.