Uma lei sancionada em dezembro do ano passado ecoou nesta quarta entre os eleitores de Porto Alegre. A lei de isenção da tarifa de ônibus no dia das eleições não valerá mais neste domingo, pela primeira vez em 32 anos.
O chamado passe livre foi lançado em 1989, em proposta do então prefeito Olívio Dutra — hoje candidato ao Senado pelo PT. A medida liberou as catracas um domingo por mês, nos dias de eleições e em grandes campanhas de vacinação. Aos poucos, a isenção foi sendo restrita.
Em 1995, na prefeitura do também petista Tarso Genro, a lei permitia o passe livre em 12 datas por ano. O ex-prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) retirou a gratuidade da passagem no Dia do Trabalhador, 1º de maio, e propôs o fim da isenção para idosos de 60 a 64 anos e brigadianos, como são conhecidos os policiais militares gaúchos.
Já o atual chefe do Executivo, Sebastião Melo (MDB), retirou a gratuidade no dia das eleições e instituiu apenas dois dias fixos de passe livre no calendário: no feriado de 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira da capital gaúcha, e no “Dia D” de vacinação. Outras quatro datas no ano podem ter isenção da cobrança.
Em Porto Alegre, a tarifa custa 4 reais e 80 centavos e é a segunda capital com passagem de ônibus mais cara no Brasil. Brasília cobra o maior valor: são 5 reais e 50 centavos por passageiro.