O senador Jean Paul Prates será o próximo presidente da Petrobras. O novo mandatário foi atuante no grupo técnico de Minas e Energia do Gabinete de Transição.
“Política de combustíveis é um assunto de governo. Não quer dizer que ele seja intervencionista”, disse Prates no hotel onde se reuniu com Lula nesta sexta. Na visão do futuro presidente da Petrobras, o preço dos combustíveis interfere em outras atividades econômicas e, por isso, as diretrizes não cabem apenas à estatal.
Questionado se haveria algum impedimento de assumir a presidência da empresa pela Lei das Estatais, o senador disse que está “totalmente tranquilo”. A regra determinava uma quarentena para membros da campanha presidencial assumirem cargos em empresas públicas. Ele defendeu as mudanças na legislação que também permitiram a Aloizio Mercadante assumir a chefia do BNDES.
“Você não pode caçar ou onerar o direito cidadão de uma pessoa votar ou ser votada. Não faria sentido, seria inconstitucional e seria um atentado ao direito cidadão”.
O senador já teve vínculo com a Petrobras, quando participou da assessoria jurídica da Braspetro na década de 1980. Em 1997, participou da elaboração da Lei do Petróleo e, em 2007, foi secretário de Energia do Rio Grande do Norte.