Além dos desvios no executivo do Rio, as investigações sobre corrupção em contratos públicos da Saúde que resultaram no afastamento de Wilson Witzel pelo STJ nesta sexta-feira mostram como o esquema pode ter beneficiado deputados da Assembleia Legislativa do estado.
Segundo a PGR, alguns deputados estaduais podem ter se beneficiado de dinheiro público desviado de sobras dos duodécimos do Poder Legislativo. O esquema funcionava, segundo os investigadores, da seguinte forma: a Alerj repassava as sobras de seus duodécimos para a conta única do tesouro estadual.
Dessa conta única, os valores dos duodécimos “doados” eram depositados na conta específica do Fundo Estadual de Saúde, de onde era repassado para os Fundos Municipais de Saúde de municípios indicados pelos deputados, que, por sua vez, recebiam de volta parte dos valores.
No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão foram expedidos pelo STJ. A operação Tris in Idem, deflagrada nesta sexta, é um desdobramento da Operação Placebo.