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Documento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública obtido pelo Radar mostra que, no último dia 30 de junho, pelo menos 30 policiais rodoviários federais usaram jatinhos da Polícia Federal para irem a uma festa de 94 anos da PRF, em Florianópolis.
Os voos festivos até a capital mais bolsonarista do país aconteceram uma semana depois de a cúpula da PF ter informado a Justiça Federal que não tinha dinheiro para realizar a transferência aérea do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro de São Paulo para Brasília. Ribeiro foi preso no dia 22 de junho e, por ordem do juiz, deveria ter sido transferido pela PF para a capital federal.
A coluna apurou que a direção da PRF fez uma operação para “engordar” o público da festa, transportando servidores de outros estados em aeronaves da corporação irmã, que possui jatos de passageiros. A PRF disponibilizou ainda um ônibus para levar os policiais de sua sede para o hangar da PF em Brasília.
“Caso desejado, os servidores poderão ir direto a CAOP/Hangar da Polícia Federal, chegando às 7h ou 13h”, diz a mensagem enviada por gestores da PRF em um grupo de WhatsApp e que menciona o Comando de Aviação Operacional da PF, no Lago Sul da capital federal.
O objetivo de bombar o público da festa seria o de passar a impressão de que a corporação apoia o governo, quando na verdade os policiais subordinados à União estão insatisfeitos com a quebra da promessa de Jair Bolsonaro de dar reajuste para a categoria neste ano. No dia da solenidade em Florianópolis, os policiais rodoviários inclusive fizeram um protesto contra Bolsonaro. “Nada a comemorar: Bolsonaro mentiu pros PRFs”, dizia uma faixa exibida por um avião que sobrevoou o lugar.
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