Angra 3 é um caso exemplar do “padrão lesma” que impera nas obras federais. De acordo com o relatório do 1º ano do PAC, que o governo Lula lançou em janeiro de 2008 com um retumbante título (“O crescimento passa por aqui”), a usina nuclear Angra 3 seria concluída em 31 de maio de 2014 (aliás, que precisão: arrisca-se até o dia para o fim das obras). O investimento previsto total seria de 7,33 bilhões de reais.
Alguém aí viu a inauguração? Nem verá tão cedo. No 10º Balanço do PAC 2, publicado no mês passado, a data de conclusão de Angra 3 ficou para 30 de junho de 2018. E o custo? Passou para 14 bilhões de reais – ou 91% a mais.