Jorge Viana sacode de um lado para o outro na tentativa de não assumir o posto de seu amigo Renan Calheiros.
Até aí, tudo certo. Agora, caso o Supremo confirme o afastamento de Renan da presidência do Senado, o PT iria comer o fígado de Viana se ele abrisse mão da cadeira.
Não há petista caridoso a ponto de entregar o poder a Romero Jucá, o segundo vice-presidente da Casa.
Viana sabe de tudo isso, tanto é que afirma e reafirma que não pensa em renunciar. Sim, ele mas tem procurado uma alternativa para fugir da presidência, sem irritar seus correligionários.
A única ideia que teve até o momento não passa por entregar o ouro a Jucá, tampouco é factível.
Na segunda-feira, durante a reunião na casa de Renan, ele levantou a possibilidade de uma renúncia coletiva da Mesa Diretora do Senado para que fossem convocadas novas eleições.
A advocacia-geral do Senado o informou, porém, que não é possível a realização de novo pleito quando faltam dois meses para o fim do mandato do atual presidente.
Viana continua sem pai nem mãe, balançando entre o medo de desagradar a Renan e provocar a ira no PT.